AgroTimes

Projeto suspende pagamento de operações de crédito rural em MG por 36 meses

22 fev 2022, 14:49 - atualizado em 22 fev 2022, 14:49
Segundo o deputado Pinheirinho, a medida permitirá que os agropecuaristas de Minas Gerais mantenham suas atividades produtivas e honrem compromissos financeiros assumidos. (Imagem: Acervo Câmara dos Deputados)

O Projeto de Lei 85/22 suspende por 36 meses o pagamento de operações de crédito rural contratadas no estado de Minas Gerais relacionadas ao financiamento de atividades negativamente impactadas por desastres naturais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em análise na Câmara dos Deputados, a proposta permite que o montante não pago nesse período seja dividido em três parcelas iguais, anuais e sucessivas, sendo a primeira exigível 12 meses após o fim da suspensão, incidindo sobre as parcelas os encargos originais da operação contratada.

Pelo texto, a suspensão valerá para os seguintes programas e linhas de crédito:
Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra);
Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro);
Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop);
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf);
Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp);
Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste
– Programa de Capitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária (Procap-Agro);
BNDES – Agro;
BB – Investe Agro; e
Financiamentos de Custeio Pecuário.

Autor do projeto, o deputado Pinheirinho (PP-MG) cita levantamento preliminar feito pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) mostrando que cerca de 127 mil produtores rurais do estado sofreram algum tipo de dano por causa das chuvas entre novembro de 2021 e janeiro de 2022.

“Os produtores rurais do estado de Minas Gerais enfrentaram nos últimos meses outros problemas que agravaram a já grave crise econômica provocada pelas chuvas excessivas que levaram a perdas superiores a 50% na safra de grãos, a exemplo da pandemia, das queimadas descontroladas, que destruíram pastagens, mataram animais de produção e consumiram benfeitorias”, avalia o parlamentar.

Segundo ele, a medida permitirá que os agropecuaristas de Minas Gerais mantenham suas atividades produtivas e honrem compromissos financeiros assumidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

agencia.camara@moneytimes.com.br