Internacional

Putin sanciona lei barrando “extremistas” de eleições em meio a repressão a grupo de Navalny

04 jun 2021, 12:46 - atualizado em 04 jun 2021, 12:46
Vladimir Putin
A sanção de Putin coincide com o 45º aniversário de Navalny, que ele completa atrás das grades enquanto cumpre uma pena de 2,5 anos derivada de acusações de desfalque que ele diz serem fabricadas (Imagem: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sancionou nesta sexta-feira uma lei que proíbe que membros de organizações “extremistas” concorram a cargos públicos, uma medida que aliados de Alexei Navalny, crítico do Kremlin atualmente preso, dizem almejar barrá-los da eleição parlamentar deste ano.

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A chancela de Putin vem dias antes de um tribunal cogitar declarar a ilegalidade da fundação anticorrupção de Navalny e de grupos de campanha regionais sob a alegação de que são extremistas.

A lei proíbe que membros ou líderes de grupos considerados extremistas concorram a assentos na Duma, a câmara baixa do Parlamento, ou que participem de outras eleições por períodos que variam de três a cinco anos.

A legislação, na prática, impossibilita campanhas parlamentares anunciadas por alguns aliados de Navalny, como Lyubol Sobol, que está sendo processada por causa de um protesto em apoio ao político opositor.

A sanção de Putin coincide com o 45º aniversário de Navalny, que ele completa atrás das grades enquanto cumpre uma pena de 2,5 anos derivada de acusações de desfalque que ele diz serem fabricadas.

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A equipe de Navalny –que diz que as alegações de extremismo são uma tentativa de impedir sua oposição política na eleição parlamentar de setembro– disse sarcasticamente que a lei é “um cumprimento de aniversário especial do Kremlin”.

No passado, a Rússia rotulou como “extremistas” grupos neonazistas e de extrema-direita, organizações islâmicas e Testemunhas de Jeová.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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