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Qual cavalo apostar? Gestora cria fundo milionário que investe em animais de salto; confira

27 fev 2024, 16:09 - atualizado em 27 fev 2024, 16:58
cavalos investimentos
Destinado a investidores profissionais no mercado financeiro, o fundo conta com retorno alvo de 26% ao ano e custo de 2000 euros por animal (Foto: Júlio César Guimarães/COB )

Não é incomum vermos investidores diversificando cada vez mais suas aplicações nos mais diferentes ativos, mas você já pensou em investir em cavalos de salto?

Essa é a aposta da Lifetime Asset Management, gestora do BTG Pactual, que criou o primeiro fundo de investimentos brasileiro de cavalos de salto, Marlon Zanotelli Horses FI MULT IE.

O fundo de investimento multimercado (FIM) leva o nome do cavaleiro brasileiro, bicampeão nos jogos pan-americanos, que trabalha na escolha e criação dos animais que fazem parte do ativo.

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O fundo fechado conta com retorno alvo de 26% ao ano, com prazo de quatro anos e taxa de administração de 2%, com retorno alvo total de 153,01% e reserva mínima a partir de R$ 25.000.

Como o fundo capta recursos?

Rafael Galvão CFP®, da equipe de relacionamento com clientes da Lifetime Investimentos, destaca que a ideia do fundo surgiu no começo de 2023, com o fundo sendo implementado em março.

“O Marlon Zanotelli estava ministrando uma clínica de salto aqui na Hípica Santo Amaro, e eu e o CEO da Lifetime estávamos presentes, já que praticamos hipismo. Com isso, no final da clínica, surgiu uma oportunidade de conversar sobre o mercado e como eles estavam desenvolvendo essa operação de compra, desenvolvimento e revenda dos cavalos na Europa, e foi quando entendemos que havia um nicho a ser explorado”, explica.

Ao todo, o fundo conta com seis cavalos no portfólio, com a venda de uma égua tendo acontecido recentemente, o que resultou em 41% de rentabilidade em 44 dias.

O atleta Marlon Zanotelli é um dos três cavaleiros que performa com os cavalos nas provas.

“Como ganhamos dinheiro? Compramos um cavalo ‘barato’, na teoria, desenvolvemos esse animal nas cocheiras do Marlon, que fica na Bélgica, e saltamos as provas com esses cavalos. Ganhar uma prova é uma das formas de performance do fundo, a partir da premiação na competição. A partir do desempenho nestas provas, nós vendemos o cavalo com um valor maior do que ele foi comprado, sendo essa a outra forma de valorização do fundo”, analisa.

O custo médio para manutenção de cada um dos animais gira em torno de 2000 euros por mês, por cada cavalo.

Qual o perfil do investidor e o risco em investir num cavalo?

Segundo Galvão, o fundo é direcionado para investidores profissionais no mercado financeiro, sendo distribuído na plataforma do BTG.

“O principal risco fica por conta de uma má precificação do cavalo, como, por exemplo, comprar o animal por um valor mais caro ou por esperarmos performances diferentes nas competições. Há o risco do animal falecer, mas ele foi minimizado quando colocamos seguro em todos os animais”, diz.

O mercado destes animais é parecido com o mercado de bois, no sentido da reprodução.

“Temos uma égua francesa, Deesse du Coquerie, que o Marlon está pleiteando levar para a Olimpíada de Paris. Essa égua está ativa no sentido de reprodução. Se esse animal for aos jogos e performar bem, na saída do evento ela já estará precificada por um valor mais alto, principalmente pela sua capacidade reprodutiva. Se você tem um garanhão, por exemplo, que salta muito bem, os filhos deles estarão muito valorizados. Ou seja, há essa possibilidade de valorização, pensando na capacidade reprodutiva”, discorre.

Todos os cavalos estão localizados na Europa, na Bélgica, no haras do Marlon Zanotelli.

 

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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