Cultura

Qual é o ativo financeiro mais valioso? Estas são as lições que autor best-seller aprendeu como investidor

22 fev 2024, 19:00 - atualizado em 23 fev 2024, 16:27
Morgan Housel
Morgan Housel, autor de “A Psicologia Financeira”, participou do BTG Summit 2024 (Imagem: Reprodução/BTG Pactual)

Investir não se trata de estudar a parte financeira, mas entender como as pessoas se comportam com o dinheiro, afirmou Morgan Housel, sócio do Collaborative Fund e autor do livro best-seller do New York Times “A Psicologia Financeira”, durante painel do BTG Summit 2024.

Em palestra realizada nesta quinta-feira (22), Housel compartilhou seus aprendizados como investidor nos Estados Unidos. Mais do que falar sobre a economia e o que está relacionado a investimentos, o escritor acredita que entender a psicologia do dinheiro (ou seja, as emoções por trás dos negócios) é o mais importante a se fazer.

“Quando você percebe quão importante seu comportamento é para seu sucesso econômico, é aí que você se torna otimista”, comentou.

O ativo financeiro mais valioso

Segundo o autor best-seller, o ativo financeiro mais valioso para levar como um agente no mundo dos negócios é não ter a necessidade de impressionar os outros.

“É o melhor conselho financeiro que posso dar a vocês. Não são ações, imóveis, nada disso. É usar o dinheiro para fazer coisas que te deixam feliz”, disse.

A habilidade financeira mais importante

Housel também levantou a habilidade financeira mais importante: equilibrar as expectativas. Comparando as estatísticas, as pessoas estão muito melhores hoje do que na década de 1950, considerada por muitos os “anos dourados”, comentou.

Ao longo das últimas décadas, as expectativas sobre o que é uma boa vida mais que dobraram. “As pessoas, hoje, almejam, estilos de vida de pessoas ricas. São outras expectativas.”

“Então por que lembramos de 1950 como um ano incrível? Antes vieram a Grande Depressão e a Guerra Mundial. Então, 1950 parecia muito bom”, lembrou o investidor.

De acordo com Housel, se a expectativa crescer mais que a renda, então você nunca será feliz com o seu dinheiro.

“Pessoas de investimentos correm mais riscos e quebram. É isso o que acontece quando não há cuidado em manter suas expectativas equilibradas”, disse. “Se você não colocar esforço na medição das expectativas, nunca vai achar que é o suficiente. Vai perceber tarde demais, e o risco vai estourar na sua cara.”

A pergunta mais importante

Existe uma pergunta que toda pessoa no mundo dos negócios precisa fazer, segundo Housel.

Não se trata do retorno mais alto que o investidor pode ter, e sim os melhores retornos que ele pode sustentar por um período mais longo na vida.

“Não é segredo, é óbvio. Mas ninguém fala disso”, afirmou.

Risco é aquilo que você não vê

Housel também falou de riscos – mais precisamente do risco real, que é sempre aquilo que não está na sua lista.

O risco maior é aquele no qual você não está pensando, destacou. Para exemplificar, Housel citou a propagação da pandemia do coronavírus e, mais recentemente, no ano retrasado, a guerra na Ucrânia, que iniciou um “efeito dominó” nas economias mundiais, com as maiores potências iniciando um ciclo persistente de aperto monetário.

Além de “A Psicologia Financeira”, publicado em 2021, Housel é autor do livro “O Mesmo de Sempre”. Suas obras já venderam mais de 4,5 milhões de cópias e foram traduzidos para mais de 50 idiomas.

Housel trabalhou como jornalista de finanças e foi vencedor do prêmio Best in Business Award da Society of American Business Editors and Writers e do New York Times Sidney Award.

O MarketWatch nomeou Housel como uma das pessoas mais influentes do mercado financeiro.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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