Internacional

Quarenta e cinco países prometem coordenar investigação de crimes de guerra na Ucrânia

14 jul 2022, 13:08 - atualizado em 14 jul 2022, 13:08
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, participa de conferência em Haia por vídeo
Nesta quinta-feira, 45 países na conferência em Haia –sede do Tribunal Penal Internacional (TPI)– assinaram uma declaração política para trabalharem juntos nas investigações de crimes de guerra na Ucrânia (Imagem: REUTERS/Piroschka van de Wouw)

Estados Unidos e mais de 40 outros países concordaram nesta quinta-feira em coordenar investigações sobre supostos crimes de guerra na Ucrânia, logo após o que Kiev disse ter sido um ataque com mísseis russos que matou civis longe das linhas de frente.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, afirmou em conferência internacional que mísseis russos atingiram dois centros comunitários no oeste da Ucrânia, matando 20 pessoas, incluindo três crianças, e ferindo muitas outras.

A Rússia nega repetidamente envolvimento em crimes de guerra ou que mire deliberadamente em civis desde que invadiu a Ucrânia em fevereiro. Afirma que lançou uma “operação militar especial” para proteger os falantes de russo e erradicar nacionalistas perigosos.

A Ucrânia diz que Moscou está travando uma guerra de conquista não provocada.

“Hoje de manhã, mísseis russos atingiram nossa cidade de Vinnytsia, uma cidade comum e pacífica. Mísseis de cruzeiro atingiram duas instalações comunitárias, casas foram destruídas, um centro médico foi destruído, carros foram incendiados”, disse Zelenskiy por link de vídeo.

“Este é o ato de terror russo.”

O Ministério da Defesa russo não comentou imediatamente os relatos sobre Vinnytsia.

Nesta quinta-feira, 45 países na conferência em Haia –sede do Tribunal Penal Internacional (TPI)– assinaram uma declaração política para trabalharem juntos nas investigações de crimes de guerra na Ucrânia.

Entre os países estão nações da União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, México e Austrália.

Eles também prometeram 20 milhões de euros para ajudar o TPI, bem como o gabinete do procurador-geral na Ucrânia e os esforços de apoio da Organização das Nações Unidas (ONU).

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