Que tal gamificar o mercado imobiliário? Com os tokens, isso já é possível

Por Marcelo Magalhães *

Um dos principais desafios do mercado imobiliário é encontrar formas de desburocratizar o setor. As negociações não são fáceis, arrastam-se por longo tempo e nem sempre proporcionam a maior experiência para todos os envolvidos. É preciso encontrar formas de melhorar essa questão.

A gamificação, proposta que combina elementos de jogos em um ambiente mais tradicional, surgiu como uma tendência capaz de aproximar consumidores e empresas na área, apesar de sua popularização tímida – até agora. Com apoio dos tokens, é possível alavancar projetos nesse sentido e, principalmente, estimular novos negócios.

A utilização de gamificação já é uma técnica difundida em todo o mundo. Diferentes organizações apostam nesses elementos como forma de engajar tanto o público interno quanto o externo, aumentando a produtividade e as vendas. O Google é um dos maiores exemplos nesse sentido.

Para se ter uma ideia, a expectativa é que o nicho seja responsável por movimentar US$ 58,8 bilhões em todo o mundo até 2028, com um crescimento médio anual de 26,8% até lá, segundo projeção da ReportLinker. Um dos motivos para isso é justamente a digitalização de diversas áreas a partir da pandemia de covid-19, criando o ecossistema perfeito para implementação de projetos do tipo.

Não à toa, a utilização desses elementos no mercado imobiliários não chega a ser novidade. Diferentes iniciativas surgiram nos últimos anos, sobretudo para estimular a equipe de vendas de corretoras, ou como forma de divulgar anúncios de oportunidades para compra ou aluguel de imóveis. Essas ações, porém, resolveram apenas parte do problema.

O mercado imobiliário como um todo continuava pouco acessível e burocrático. As pessoas que desejavam adquirir bens e serviços tinham dificuldades para encontrar os bons profissionais e as empresas que os ofereciam. Era como se faltasse algo para conectar as diferentes partes, unindo oferta e demanda num mesmo ambiente.

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É justamente nesse ponto que os tokens entram em ação. Esses criptoativos, desenvolvidos com a tecnologia blockchain, conseguem reunir num mesmo local o acesso a diferentes produtos, a conexão necessária entre consumidores, prestadores de serviços e empresas e um ambiente propício para o engajamento, principalmente o desenvolvimento de novos negócios na área.

Gamificação do mercado imobiliário está mais perto do que se pensa

Isso porque o token pode ser utilizado de diferentes formas pelas organizações. Elas podem criar desafios para concedê-los aos usuários, estipular regras e garantir prêmios, como ofertas e descontos.

Ou seja, as estratégias de gamificação que muitos tinham dificuldades para aplicar no setor finalmente encontraram a ferramenta ideal para se popularizarem. O engajamento estará lado a lado de ofertas, produtos e serviços reais.

A vantagem dos tokens é criar um ecossistema capaz de aglutinar em um só local todas as empresas e prestadores de serviços. Incorporadoras, construtoras, corretoras, engenheiros, advogados, arquitetos, entre outros especialistas necessários para adquirir, construir ou reformar um imóvel podem ser localizados por meio desses criptoativos.

Os proprietários dos tokens ganham literalmente uma chave que abre um novo mundo de possibilidades, agilizando novos negócios sem a necessidade de vários meses de conversas.

O mercado imobiliário pode, e deve, buscar formas mais atrativas para concretizar seus negócios. Como se vê, não é preciso fazer planos mirabolantes, buscar alternativas arriscadas ou mudar tudo de uma hora para outra.

Quando estratégias criativas como a gamificação encontram ferramentas adequadas como tokens, as oportunidades surgem naturalmente para todos. Em um cenário de intensa digitalização, encontrar formas de aproximar e engajar consumidores e empresas é mais do que um diferencial, trata-se de um requisito de sobrevivência.

*Marcelo Magalhães é CEO da Ribus, plataforma de integração blockchain voltada ao mercado imobiliário.

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