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Queda de ações de shoppings foi exagerada, diz Credit Suisse

31 jul 2020, 11:53 - atualizado em 31 jul 2020, 11:53
Para advogados da Ulhôa Canto, parece muito improvável que as operadoras de shopping centers absorvam 100% do aumento proposto na reforma tributária (Imagem: Shopping Penha)

Após uma reunião virtual realizada com advogados da firma Ulhôa Canto para discutir os impactos que a reforma tributária poderia trazer para as empresas de shopping centers, o time de analistas do Credit Suisse concluiu que a queda das ações do setor na semana passada foi exagerada.

A proposta da reforma tributária, entregue ao Congresso na semana passada, contempla a união do PIS Cofins em um único imposto: a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS). O projeto sugere o aumento da alíquota para 12%, o que pode causar um impacto entre 5 e 6% na receita líquida e 9% no fluxo de caixa das companhias.

Na avaliação do banco, a Multiplan (MULT3) sentiria o menor impacto, de 6%, já que tem uma proporção maior de receita dentro do regime de “lucro real”. Iguatemi (IGTA3) e brMalls (BRML3), por outro lado, teriam um impacto entre 10 e 12%.

No entanto, Rodrigo Brunelli, sócio da Ulhôa Canto, e Lucas Gasparete, advogado associado da firma, destacaram que essas estimativas contemplam o pior cenário, cujos efeitos podem ser minimizados.

“Eles veem um potencial de alta para os números, pois o baque nos ganhos podem ser compensados por (i) geração de taxa de crédito; (ii) redução das taxas de pagamento; e, finalmente, (iii) repasses do aumento do imposto para aluguéis”, comentou o Credit Suisse. “Tal perspectiva nos leva a concluir que a queda de 7 a 10% das ações desde o anúncio da semana passada foi injustificada, dando suporte à nossa visão positiva sobre o setor”.

Brunelli e Gasparete mencionaram que ainda existe um longo caminho até a aprovação da reforma tributária. Eles também defenderam que parece muito improvável que as operadoras de shopping centers absorvam 100% do aumento da taxa de dedução.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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