Pecuária de corte

Queda expressiva no abate, puxado por vacas, oficializa oferta curta e o alimento dos preços

11 set 2020, 15:05 - atualizado em 11 set 2020, 15:14
Gado Boi
Oferta comprovadamente reduzida tira a folga de preços para os frigoríficos comprarem boi (Imagem: Arquivo/Agência Brasil/ASCOM ADEPARÁ)

O boi gordo dá mostras de ter suportado a sobra de carne não vendida no feriadão e a chegada da segunda quinzena do mês. O reflexo da sustentação, até mais que a mola propulsora chinesa, ficou bastante visível com os números bem menores de abates divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, dando ‘oficialidade’ à percepção do mercado.

No segundo trimestre a redução foi de 8% sobre o mesmo período de 2019, puxado pela expressiva menor participação de fêmeas em 19%.

Yago Travagini, da Agrifatto, concorda com o peso proporcional dos abates na formação de preços que se assiste neste meio do terceiro trimestre, acentuado pela seca e confinamento mais acanhado do primeiro giro.

Como a queda nos trabalhos dos frigoríficos foi marginal sobre o trimestre imediatamente anterior, 0,3%, acentua que a disponibilidade no acumulado do ano é curta, influenciando, igualmente, as altas nos outros estados e praticamente eliminando o diferencial de base para São Paulo, como, por exemplo, o do Mato Grosso do Sul, em menos 0,36, segundo o Balizador GPB.

Com o apoio da China reproduzindo recordes mensais de importações, o mercado todo foi para cima. No Balizador, boi China em São Paulo pontua os R$ 250 com alguma frequência de negócios esta semana.

E animal comum, em torno do R$ 240 a R$ 242, riscando uma média com o visto pela Scot Consultoria, além do bruto à vista da Agrifatto.

As incertezas para o consumo doméstico estão bem presentes, pois além da sazonalidade do resto do mês há no horizonte o auxílio emergencial menor, de R$ 300, e altas de outros alimentos mais prioritários. Tanto que o analista da Agrifatto põe em dúvida a manutenção da carcaça casada no atacado nos R$ 16/kg.

Mas as compras chinesas seguem mesmo com os frigoríficos amargando um ágio menor sobre os meses passados e oferta vai manter-se deprimida até a chegada da safra das águas.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
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