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Multiplan (MULT3): ‘Expansões vão acelerar resultados’, diz CFO, após lucro de R$ 221 milhões

30 out 2025, 19:38 - atualizado em 14 nov 2025, 12:04
Armando D'Almeida Neto, CFO da Multiplan (Imagem: divulgação)
Armando D'Almeida Neto, CFO da Multiplan (Imagem: divulgação)

Multiplan (MULT3) encerrou o terceiro trimestre (3T25) com lucro líquido de R$ 221 milhões, um recuo de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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O resultado, segundo o CFO, Armando d’Almeida Neto, já era “amplamente esperado” e reflete a estratégia de recompra de ações adotada pela companhia no fim de 2024.

“Pouco menos de um ano atrás, tomamos a decisão de fazer uma recompra grande de ações, uma oportunidade única de recomprar a um desconto de cerca de 12%. Isso elevou a alavancagem”, explicou o executivo em entrevista ao Money Times.

O programa de recompra, que aumentou a dívida líquida de R$ 2,2 bilhões para R$ 4,5 bilhões, coincidiu com um período de juros mais altos — a taxa Selic passou de 10,5% para os atuais 15% no intervalo.

De acordo com o CFO, essa combinação naturalmente impactou o lucro, mas reforçou o retorno aos investidores.

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“Compramos as ações a R$ 22,21, e hoje elas estão próximas de R$ 28. Está aí bem clara a geração de valor”, afirmou.

Desempenho recorde e expansão

Apesar do lucro menor, o desempenho operacional foi considerado recorde. A receita bruta cresceu 13,2%, enquanto o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 435,6 milhões, avanço de 8,6% na comparação anual, com margem de 70,5%.

Tivemos margens recordes e despesas extremamente controladas. Isso mostra o quanto forte está o movimento dentro dos shoppings”, disse Neto, destacando que o foco da Multiplan segue sendo a expansão dentro do portfólio atual, sem necessidade de aquisição de novos terrenos.

“Revisamos nosso potencial de expansão de 180 mil para 157 mil metros quadrados, considerando as entregas já realizadas. Além disso, identificamos cerca de 1,5 milhão de metros quadrados de potenciais desenvolvimentos”, ressaltou.

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“Não temos projetos prontos, não temos ainda uma definição, mas é a capacidade que o terreno tem de crescer mais 1,5 milhão de metros quadrados no nosso portfólio”, continuou.

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Inflação em queda preocupa?

Ao ser questionado sobre o impacto da queda da inflação no crescimento das receitas, o executivo afirmou que, embora um índice inflacionário mais elevado possa resultar em reajustes pontualmente maiores nos aluguéis, o ambiente ideal é de estabilidade.

“Uma inflação mais alta, certamente, traz um aluguel maior. Mas, no longo prazo, preferimos um cenário de controle. Um país estável permite mais planejamento, investimento e crescimento das receitas de outras formas, como novas áreas e maior procura por espaço”, disse.

“Não consigo torcer por uma inflação alta só para mostrar um balanço pontualmente melhor”, completou.

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Dividendos à vista?

Sobre a política de dividendos, Neto ressaltou que, ao contrário dos fundos imobiliários (FIIs) de shopping centers, a Multiplan não tem obrigação de distribuir a maior parte do lucro e prefere reinvestir parte do caixa.

“Não faz sentido distribuir tudo quando temos tantas oportunidades à frente. O que guia nossas decisões é a geração de valor, seja devolvendo dinheiro ao acionista, seja investindo em novas áreas.”

O CFO avalia que a companhia deve continuar crescendo conforme as expansões sejam concluídas e os juros recuem.

“Ganhar R$ 200 milhões em um trimestre é um lucro lindo”, brincou. “À medida que as expansões entram em operação e os juros caem, os números tendem a acelerar. O setor de shopping ainda tem muito crescimento pela frente.”

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Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
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