Quem é a 4Takes, empresa que vai licenciar produtos do Metrô de São Paulo

Até o fim de outubro, o Metrô de São Paulo vai estrear um novo tipo de jornada — não sobre trilhos, mas sobre consumo. A companhia lançará a Metrômania, loja oficial que venderá produtos inspirados no sistema metroviário paulistano: camisetas, meias, bonés, copos e cadernetas com o mapa das linhas e referências ao cotidiano do transporte.
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A operação será tocada pela 4Takes, empresa especializada em licenciamento e gestão de marcas, responsável por toda a cadeia — da criação e produção ao e-commerce. Em contrapartida, o Metrô receberá 15% da receita líquida das vendas.

O primeiro ponto físico será aberto em novembro, na estação Japão-Liberdade, no formato pop-up store. Até 2026, estão previstas lojas fixas nas estações Sé e Paraíso, além de uma vitrine na Trianon-MASP.
Quem está por trás do negócio
A 4Takes Indústria, Comércio, Serviços e Participações Ltda., fundada em 2013 em São Paulo, tem capital social de R$ 100 mil e é administrada por Ely Stefan Behar, empresário com trajetória consolidada no mercado de licenciamento e brand collection — conceito que une criação, design e gestão comercial de produtos.
Sob o comando de Behar, a empresa já firmou parcerias com Porsche e Mercedes-Benz, criando coleções de lifestyle e produtos ligados ao automobilismo. Antes da 4Takes, ele atuou em projetos relacionados à Fórmula 1 e na produção e distribuição de itens de esporte.
Com o novo contrato, Behar leva sua experiência automotiva para o universo do transporte público.
O projeto representa uma das primeiras iniciativas de uma estatal paulista a estruturar um modelo de licenciamento de marca, com operação profissional e receita compartilhada.
A proposta é transformar o Metrô — símbolo da mobilidade paulistana — em um produto de consumo cultural, unindo identidade urbana e branding.
O negócio sobre trilhos
A inspiração vem de modelos internacionais, como o Transport for London, que há anos lucra com souvenirs oficiais do metrô londrino.
Em São Paulo, a ideia é parecida: vender nostalgia, pertencimento e identidade urbana, criando uma nova fonte de receita para um sistema que transporta 3,6 milhões de pessoas por dia.