Ultrafarma: Quem é Sidney Oliveira, preso hoje em SP por suspeita de suborno

Aparecido Sidney Oliveira, dono da rede de farmácias Ultrafarma, é o mais velho de 11 irmãos de um casal de trabalhadores rurais. Ele nasceu em 15 de novembro de 1953 em Nova Olímpia, no Norte Pioneiro do Paraná.
Começou a trabalhar aos 9 anos em uma farmácia, ramo ao qual se dedicaria pelo resto da vida. Com o passar dos anos, Sidney Oliveira começou a vender medicamentos em cidades da região até comprar sua primeira farmácia. Aos poucos, estabeleceu uma rede de drogarias que chegou a ter 12 lojas no Paraná na década de 1980.
Ele então vendeu tudo e mudou-se para São Paulo. Na capital paulista, encontrou dificuldade para se estabelecer no ramo em meio à expansão de grandes redes pela cidade.
A virada na trajetória empresarial de Sidney Oliveira veio no ano 2000: depois de uma viagem ao exterior, ele trouxe para o Brasil um modelo de negócios baseado em vendas por telefone e pela internet, que ainda engatinhava.
Com poucos pontos físicos, custo operacional reduzido e vendas em escala, ele fundou a Ultrafarma. A rede tornou-se conhecida por comercializar remédios com bastante desconto em relação à concorrência.
Sidney Oliveira abriu assim caminho para transformar a Ultrafarma na maior farmácia online do Brasil, com faturamento anual próximo de R$ 1 bilhão.
Os negócios do empresário incluem uma linha própria de remédios, cosméticos e suplementos comercializados principalmente pelos canais da Ultrafarma.
Conhecido pelo estilo centralizador, o empresário transformou-se na cara do próprio negócio. As campanhas de publicidade de suas empresas têm o próprio Sidney Oliveira como garoto-propaganda.
Essa estratégia não é nova no mercado de mídia. Ela consiste em usar a imagem do dono para aproximar a empresa do público que quer atingir.
Hoje, essa imagem foi arranhada pela notícia da prisão de Sidney Oliveira durante uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para desarticular um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda.
Ele é suspeito de pagar propina a um fiscal que manipulava processos administrativos em troca de facilitar a quitação de créditos tributários.