‘Objetivo é elevar rentabilidade de 20% para 24% até o fim do ano’, diz CEO da Moura Dubeux; ações sobem 150% em 2025
A construtora Moura Dubeux (MNDE3) tem como objetivo para o segundo semestre de 2025 aumentar a rentabilidade de suas operações. Em entrevista ao Money Minds, programa do canal do Money Times no YouTube, o CEO da companhia, Diego Villar, falou como pretende viabilizar o crescimento também para os próximos anos.
Neste momento, o foco da incorporadora, de acordo com Villar, tem sido ampliar a rentabilidade do patrimônio e reforçar a geração de retorno aos investidores. “Vamos focar em aumentar a rentabilidade do nosso patrimônio. Já estamos acima de 20%, e nosso alvo é chegar a 24% até o final do ano”, ressalta.
A ação da Moura Dubeux tem uma valorização acumulada de quase 150% em 2025 até o fim de agosto, saindo de R$ 10,80 no final do ano passado para a casa dos R$ 26,30.
Média e baixa renda
Desde seu IPO, em fevereiro de 2020, a Moura Dubeux já lançou mais de 68 empreendimentos, chegando a um valor geral de vendas (VGV) acumulado de R$ 8 bilhões.
Esse forte desempenho foi impulsionado, entre outras coisas, pela diversificação do portfólio da companhia, que inclui as marcas Mood e Única — voltadas à média e baixa renda, respectivamente.
“Nós vendemos os sonhos das pessoas, que é de ter a casa própria. Isso vem de uma cultura de empresa familiar, que prioriza e realmente coloca o cliente em primeiro lugar”, afirma Villar.
Somente em 2024, a marca Mood, voltada ao mercado de classe média, respondeu por cerca de 30% dos lançamentos e 15% das vendas da incorporadora.
Foram 13 projetos lançados com a marca Mood, e as vendas já superaram R$ 1 bilhão nas sete capitais do Nordeste onde a Moura Dubeux atua.
“Pensando na segurança e no retorno ao acionista, o cenário ideal é que, em cinco anos, o segmento de alta renda represente 50% do nosso resultado, e os outros 50% venham de empreendimentos com as marcas Mood e Única”, diz o executivo.
No segundo trimestre de 2025 (2T25), a empresa reportou lucro líquido recorde de R$ 120 milhões, com alta anual de 60,6%. A receita líquida cresceu quase 70% em um ano, chegando a R$ 665 milhões. No primeiro semestre, as receitas superaram R$ 1,1 bilhão, aumento de 56% em relação a 2024.
Ainda há espaço para evoluir
Segundo o CEO, a Moura Dubeux cresceu mais de 40% ao ano desde 2020, passando de 1.200 para 7.500 colaboradores. Em receitas, a incorporadora deve fechar 2025 com um número quatro vezes maior que o registrado há cinco anos. Foram pouco mais de R$ 500 milhões em 2020, e devem superar os R$ 2 bilhões neste ano.
Mesmo assim, Villar acredita que há ainda espaço relevante para evoluir – especialmente no retorno aos acionistas.
“Apesar do crescimento, enxergamos que ainda podemos avançar muito mais, mas não apenas em tamanho operacional. Agora precisamos estabilizar a empresa neste novo patamar, com lideranças e time de execução de obra consolidados.
Ainda segundo o executivo, a companhia deve começar a gerar forte fluxo de caixa a partir do meio de 2026, o que permitirá preservar a baixa alavancagem.
“O que queremos é ser uma incorporadora do Nordeste com referência nacional, que melhora a qualidade de vida dos clientes e das cidades onde atuamos. A gente vai dar o melhor para ser uma empresa diferenciada em rentabilidade para o investidor.”
Para acompanhar o programa Money Minds na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.