Black Friday com R$ 1 bi em crédito, R$ 50 mi em cashback: Como chega o Inter Shop para data?
A Black Friday já se consolidou como uma das datas mais importantes para o comércio brasileiro (se não for a mais). Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, nesse ano a data pode movimentar R$ 9,08 bilhões, mais do que os R$ 7,93 bilhões do ano passado.
E, claro, as marcas já se movimentam para garantir um pedacinho dessa fatia. É exatamente o caso da Inter Shop, que compõem o ecossistema do Inter (INBR32; INTR). A plataforma já anunciou R$ 1 bilhão de crédito e R$ 50 milhões em cashback para esse ano.
Entre setembro a outubro, foram criados mais de 230 mil alertas de preço, principalmente para produtos como smartphones, smart TVs e equipamentos de ar-condicionado.
“Há algum tempo a Black Friday se consolidou como o principal evento do ano. Eu diria até que supera o Natal, principalmente no varejo online. É impressionante o crescimento”, afirma Rodrigo Gouveia, CEO do Inter Shop, em entrevista ao Money Times.
Segundo ele, o fenômeno deixou de ser apenas um dia e se transformou em uma temporada completa. “O dia vira semana, a semana vira mês. Essa é uma das grandes mudanças dos últimos anos — e é algo positivo para o consumidor, que tem mais tempo para aproveitar boas oportunidades de compra.”
Expectativa de crescimento
Para 2025, Gouveia acredita que as vendas serão mais fortes que no ano passado.
“Há alguns fatores importantes. Primeiro, uma demanda reprimida, depois de um período de controle de estoques em determinadas categorias. E, em alguns casos, estoques elevados, principalmente no setor de telefonia, com novos lançamentos que despertam interesse”, explica.
Ele lembra que, com os preços mais altos, os valores totais das vendas também tendem a crescer.
“O digital segue ganhando participação, e tanto a Black Friday quanto a Cyber Monday reforçam a importância do e-commerce. A expectativa é de um trimestre muito bom, com crescimento em dois dígitos em relação ao ano passado”, projeta.
O Inter fechou o quarto trimestre de 2024 com R$ 1,4 bilhão em GMV (volume bruto de mercadorias) e espera crescer pelo menos 10% neste ano.
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“Não abrimos números específicos, mas trabalhamos com referência de crescimento de dois dígitos”, afirma o executivo.
Base de clientes em alta
Além do volume de vendas, o Inter vem ampliando a base ativa de clientes.
“Temos sido muito bem-sucedidos nisso, principalmente com soluções que simplificam o processo de abertura de conta e onboarding, usando inteligência artificial (IA) para reduzir burocracias”, explica.
Ele destaca também o aumento do engajamento com produtos de crédito, cartões e o próprio shopping.
“Nosso app tem papel central nisso. O trimestre de novembro é muito forte para essas frentes — e esperamos números recordes novamente neste ano”, diz.
As categorias que mais vendem
Questionado sobre os produtos mais procurados, Gouveia não hesita: telefonia, eletroeletrônicos e eletrodomésticos continuam dominando as vendas.
“Essas três categorias concentram os maiores tickets médios e são as mais buscadas pelos consumidores nesta época. As pessoas economizam durante o ano para investir em bens mais duráveis em novembro”, afirma.
Ainda assim, ele observa o avanço de novos segmentos
. “Vemos um crescimento forte em moda e beleza, impulsionado pela influência asiática e pelas redes sociais. Mas, em termos de volume financeiro, os campeões continuam sendo smartphones e eletrodomésticos”, diz.
Concorrência acirrada — e saudável
Sobre a forte concorrência com Magalu (MGLU3), Amazon (AMZN) e Mercado Livre (MELI34), o executivo diz que o ambiente competitivo é positivo.
“Concorrência é boa para o cliente no final do dia. É ela que nos faz entregar a melhor experiência e a melhor oferta possível”, afirma.
Ele lembra que, apesar da rivalidade, o Inter também atua em parceria com alguns dos grandes players do setor.
“Por exemplo, temos parcerias com Amazon e Shopee dentro da nossa plataforma. Então, há competição, mas também colaboração, sempre buscando gerar valor para o cliente”, explica.
Para Gouveia, o consumidor está cada vez menos fiel a marcas específicas e mais atento à experiência e às condições de crédito.
“O cliente busca preço, claro, mas também velocidade de entrega e segurança. E é aí que o Inter tem uma vantagem competitiva importante: oferecer crédito e poder de compra em uma plataforma confiável.”