Coluna da Roberta Scrivano

Radar de Negócios: Fundo da Oaktree completa cinco anos no Brasil e surfa alta do crédito global

17 abr 2023, 9:30 - atualizado em 17 abr 2023, 9:24
Ibovespa
Fundos de renda fixa global  têm se beneficiado do aumento dos juros nos EUA e na Europa, atraindo investidores brasileiros (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O aumento nas taxas de juros nos Estados Unidos e Europa nos últimos meses vem tornando uma classe de ativos cada vez mais atrativa para investidores brasileiros. Tratam-se dos fundos de renda fixa global.

Entre eles, o destaque fica com o Oaktree Global Credit, que neste mês completa cinco anos no Brasil. O fundo tem se beneficiado diretamente do alto nível de rendimentos oferecidos por instrumentos de crédito global após o ciclo de alta dos juros promovido pelos bancos centrais espalhados pelo mundo.

Saiba mais sobre o Oaktree

A gestora é conhecida por ter na liderança um dos investidores mais famosos do mundo, Howard Marks. Além disso, tem  aproximadamente US$ 150 bilhões em ativos sob gestão.

No Brasil, o fundo é distribuído pela Gama Investimentos desde 2018. Até o fim de março, a versão hedgeada (com proteção cambial) rendia 4,65%, contra cerca de 3,25% do CDI, no período. A carteira atual possui um potencial de rendimento próximo aos 17% ao ano em reais e 10% ao ano em dólares, de acordo com o cálculo yield to worst ao final de março.

Segundo Bernardo Queima, CEO da Gama Investimentos, além dos altos retornos, os investimentos em mercados internacionais permitem maior diversificação da carteira e proteção do patrimônio em ‘moeda forte’. Isso em um dos melhores momentos para a classe. Além da distribuição, a Gama realiza toda a adequação do fundo à legislação local. Também é responsável pela relação com clientes e pela distribuição de conteúdos sobre a gestora.

“A renda fixa internacional está oferecendo um retorno que antes era encontrado basicamente em mercados emergentes, onde o risco dos títulos é muito maior. Usualmente, o crédito global também oferece mais liquidez aos gestores, por ser um mercado maior, e com a descorrelação em relação aos ativos brasileiros. Isso mitiga o ‘risco Brasil’ do portfólio, ao mesmo tempo em que o torna mais eficiente”, destaca Queima.

De acordo com levantamento da HMC Capital, a estratégia figura entre uma das mais longevas dentro da categoria. Ou seja, de veículos locais que acessam estratégias geridas por gestores internacionais. Das 168 estratégias de investimento mapeadas e que representam o universo de feeder funds no Brasil, somente 25 possuem cinco ou mais anos de presença no país.

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