Santander (SANB11), WEG (WEGE3), Eletrobras (ELET3) e a prévia da Petrobras (PETR4); veja outros destaques desta quarta-feira (30)

A temporada de resultados ganha ainda mais espaço nos mercados com a divulgação do balanço do Santander (SANB11), Iguatemi (IGTI11), WEG (WEGE3) e a prévia da Petrobras (PETR4). Esses são alguns dos destaques corporativos desta quarta-feira (30).
Confira os destaques corporativos de hoje
Santander (SANB11): Lucro avança mais 28% no 1T25, chega a R$ 3,9 bi e bate expectativas
O Santander (SANB11) deu o pontapé inicial dos resultados dos bancões com lucro líquido gerencial de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 27,8% em relação ao mesmo período do ano passado, com aumento da carteira de crédito e da rentabilidade.
A cifra ficou acima do esperado pelo consenso reunido pela Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 3,6 bilhões.
Já o retorno de rentabilidade, número olhado de perto por analistas, ficou em 17,4%, alta de 3,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se de uma surpresa, já que parte de analistas esperava uma queda no indicador.
Na Petrobras (PETR4), produção fica estável no 1T25
A produção média de óleo, LGN e gás natural da Petrobras (PETR4) totalizou 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed) no primeiro trimestre de 2025, uma leve queda de 0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, permanecendo praticamente estável.
Na comparação trimestral, porém, houve alta de 5,4%, impulsionada por menor volume de perdas operacionais devido a manutenções, maior eficiência na Bacia de Santos e pela entrada em operação dos FPSOs Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, e Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero.
Ao longo do trimestre, a companhia também iniciou a operação de 11 novos poços produtores — seis na Bacia de Campos e cinco na Bacia de Santos.
A produção total da Petrobras no Brasil caiu 0,1% no 1º trimestre frente ao mesmo período de 2024, somando 2,740 milhões de barris por dia.
A produção de óleo e LGN recuou 1,0%, puxada pela queda de 5,0% no pós-sal. O pré-sal ficou praticamente estável (-0,2%) e a produção terrestre subiu 2,9%. Já o gás natural cresceu 3,7%. No exterior, a produção caiu 6,1%.
Iguatemi (IGTI11): Lucro cresce 5,1% no 1T25 em meio a aquisições
A Iguatemi (IGTI11) reportou lucro líquido ajustado de R$ 113,9 milhões, avanço de 5,1% em relação ao 1T24, com uma receita líquida ajustada de R$ 330 milhões, crescimento de 8,5% na mesma base de comparação, mostra o balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25) da companhia.
O Ebitda ajustado somou R$ 244,3 milhões, alta de 8,5%, com margem de 74%, mantendo o nível elevado de rentabilidade já característico da companhia. Por outro lado, o FFO ajustado caiu 9,9%, totalizando R$ 138,5 milhões, pressionado pelo aumento das despesas financeiras em um ambiente de juros ainda elevados.
- E MAIS: Ação brasileira da qual ‘os gringos gostam’ tem potencial para subir mais de 20% em breve; saiba o porquê
No operacional, a Iguatemi também mostrou força. As vendas totais dos shoppings atingiram R$ 5 bilhões, um crescimento expressivo de 17% sobre o mesmo período do ano anterior. Os indicadores SSS (vendas mesmas lojas) e SAS (vendas mesmas áreas) avançaram 6,3% e 7,6%, respectivamente.
Além disso, a companhia registrou uma taxa de ocupação de 96,6%, alta de 2,5 pontos percentuais na comparação anual. O custo de ocupação, importante métrica para os lojistas, caiu para 11,8%, o menor patamar desde 2015. A inadimplência líquida ficou em apenas 1,4%, reforçando a qualidade do portfólio.
WEG (WEGE3) lucra R$ 1,54 bilhão no 1T25, abaixo do esperado; Ebitda avança 22,8%
A WEG (WEGE3) registrou lucro líquido de R$ 1,54 bilhão no primeiro trimestre de 2025 (1T25). Em relação ao mesmo período de 2024, houve alta de 16,4%. Na comparação trimestral, no entanto, o resultado recuou -8,8%.
O número veio abaixo do consenso do mercado, que esperava um lucro líquido de R$ 1,705 bilhão, segundo dados reunidos pelo BTG Pactual.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que mensura o potencial de geração de caixa operacional, chegou a R$ 2,17 bilhões no 1T25, um salto de 22,8% na comparação anual e recuo de -9% na comparação trimestral.
A margem Ebitda de 21,6% foi 0,4 ponto percentual menor do que no 1T24 e 0,5 ponto percentual inferior ao trimestre anterior.
A receita operacional líquida apresentou crescimento de 25,5% sobre o primeiro trimestre de 2024, atingindo R$ 10,07 bilhões, sendo 14% no mercado interno e 36,3% no mercado externo.
O ROIC (retorno sobre o capital investido) foi de 33,2% no 1T25, redução de 5,7 pontos percentuais em relação ao 1T24 e recuo de 1,0 ponto percentual em relação ao 4T24.
Segundo a companhia, os três primeiros meses de 2025 foram marcados por boa demanda pelos produtos e serviços.
- Junte-se à comunidade de investidores do Money Times para ter acesso a reportagens, coberturas, relatórios e mais; veja como
Taesa (TAEE11) pagará R$ 301 milhões em dividendos
A Taesa (TAEE11) pagará R$ 301 milhões em dividendos. Segundo o documento enviado ao mercado, o valor será dividido em duas parcelas, sendo:
- R$ 190 milhões, ou R$ 0,55 por ação unit (TAEE11), a ser pago no dia 28 de maio;
- R$ 110 milhões, ou R$ 0,32 por ação unit (TAEE11), a ser pago no dia 27 de novembro;
A partir do dia 30 de abril de 2025, as ações passarão a ser negociadas “ex-dividendos”.
Eletrobras (ELET3) elege novo conselho
Acionistas da Eletrobras (ELET3) aprovaram a primeira grande reformulação do conselho de administração da companhia elétrica desde a privatização, ampliando o colegiado para dez membros, incluindo três representantes do governo federal.
Em votação de acionistas ordinaristas, foram reconduzidos ao conselho quatro membros atuais — Vicente Falconi, Ana Silvia Corso Matte, Felipe Villela e Marisete Pereira — e eleitos dois novos integrantes, Carlos Marcio Ferreira e José João Abdalla Filho.
Indicado pelas gestoras SPX, Opportunity HDF, Oceana Investimentos e Navi Capital, Ferreira havia sido incluído pela administração da Eletrobras na lista recomendada de nomes para o conselho. No passado, ocupou cargos de direção em grandes elétricas, como CPFL e Energisa, além de ter passagens pelos colegiados de Eneva e Light.
Já José João Abdalla Filho, conhecido como “Juca” Abdalla, concorreu por fora da lista recomendada pela elétrica. Dono do Banco Clássico e importante acionista individual da Eletrobras, Abdalla também é conselheiro da Petrobras. Ele conseguiu aval dos acionistas da Eletrobras para ser considerado elegível mesmo permanecendo como conselheiro da petroleira.
Na votação em separado dos acionistas preferencialistas, foi escolhido como conselheiro Pedro Batista, sócio da Radar Gestora, que já é ocupante desse cargo atualmente.
A assembleia também referendou a eleição dos três nomes apontados pela União para suas novas cadeiras cativas no colegiado da Eletrobras: Maurício Tolmasquim, Silas Rondeau e Nelson Hubner.
Mais cedo, a Eletrobras obteve ainda a aprovação de seus acionistas para o acordo fechado com a União para encerrar a ação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre poder de voto na companhia. Pelo acordo, o governo passou a ter mais participação nas decisões do colegiado da Eletrobras, enquanto a elétrica reduziu riscos relacionados a negócios nucleares, dos quais continuou sócia minoritária após a privatização.