Ambipar (AMBP3), Petrobras (PETR4), Oncoclínicas (ONCO3) e outros destaques desta quinta-feira (9)

O cancelamento de Assembleia Geral Extraordinária e emissão de debêntures pela Ambipar (AMBP3), a previsão de investimentos da Petrobras (PETR4) para o setor naval e de fertilizantes na Bahia e o aumento de capital da Oncoclínicas (ONCO3) são alguns dos destaques corporativos desta quinta-feira (9).
Confira os destaques corporativos de hoje
Ambipar (AMBP3) cancela AGE e emissão de debêntures
A Ambipar (AMBP3) aprovou o cancelamento de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) marcada para o dia 10 de outubro, mostra ata de reunião do conselho de administração divulgada ao mercado na noite de quarta-feira (8). Esta Assembleia iria eleger novo membro do conselho, e sua designação como presidente.
O conselho também aprovou o cancelamento, por ora, da 7ª emissão de debêntures da companhia, assim como operações relacionadas.
Vale lembrar que a Bloomberg noticiou, citando fontes, que a empresa estaria preparando um pedido de recuperação judicial para a próxima semana.
Petrobras (PETR4) prevê investimentos de R$ 2,6 bilhões para setor naval e de fertilizantes na Bahia
A Petrobras (PETR4) planeja investimentos de aproximadamente R$ 2,6 bilhões na Bahia, incluindo encomendas para o setor naval e fábrica de fertilizantes no Estado, afirmou a presidente da petroleira, Magda Chambriard, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (8).
Dentre os aportes, a maior parte irá para a contratação da construção de seis navios de apoio junto ao Estaleiro Enseada, em Maragogipe–BA. Já para a área de fertilizantes, a petroleira prevê aportar neste ano R$ 38 milhões para cada uma de suas fábricas de fertilizantes nitrogenados do Nordeste, sendo uma na Bahia e outra em Sergipe.
Chambriard destacou que os seis barcos já haviam sido contratados junto a uma fornecedora, mas a escolha do Enseada ocorreu em setembro, em meio a uma busca da petroleira para diversificar o número de estaleiros que estão recebendo suas encomendas.
Oncoclínicas (ONCO3) aprova novo aumento de capital bilionário
Em meio a uma série de controvérsias, a Oncoclínicas (ONCO3) conseguiu a aprovação dos acionistas em assembleia realizada nesta quarta-feira (8) para realizar o terceiro aumento de capital no período de dois anos. Após trilhar uma trajetória de expansão, a companhia precisou recalcular a rota do negócio para lidar com dificuldades financeiras.
O aumento de capital irá injetar até R$ 2 bilhões na companhia, com a emissão de até 666.666.667 novas ações, pelo preço de emissão de R$ 3 por ação. A empresa estabeleceu um aumento de capital mínimo de R$ 1 bilhão para a homologação.
A operação aprovada hoje em assembleia impõe uma forte diluição aos acionistas que não colocarem dinheiro novo na companhia.
Não por acaso, os papéis da Oncoclínicas (ONCO3) fecharam o pregão desta quarta-feira da B3 em forte queda de quase 12%, a R$ 3,24. O valor de mercado da empresa está na casa dos R$ 2,26 bilhoes.
A proposta prevê a atribuição de bônus de subscrição como vantagem adicional aos compradores, na proporção de um bônus de subscrição para cada uma nova ação adquirida.
Brava Energia (BRAV3): ANP inicia auditoria na Bacia Potiguar e parte da produção é interrompida
A Brava Energia (BRAV3) informou que, desde 29 de setembro, está em curso uma auditoria programada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em suas instalações na Bacia Potiguar, com previsão de término em 10 de outubro de 2025.
Segundo o fato relevante divulgado nesta quinta-feira (9), parte das unidades da região tiveram a produção interrompida para execução de adequações exigidas no processo.
“A companhia está empenhada em atender, pronta e integralmente, todas as demandas apresentadas pela ANP durante o processo […] Detalhes sobre impactos na produção serão informados tempestivamente após a conclusão do processo de auditoria”, diz a petrolífera.
Oi (OIBR3) anuncia renúncia de diretores e nomes eleitos para comitê de transição
A Oi (OIBR3) anunciou ao mercado que recebeu as cartas de renúncias de membros da sua diretoria, com efeitos a partir de 30 de setembro, data em que a Justiça interveio no processo de recuperação judicial (RJ) e determinou o afastamento da diretoria o e a suspensão das obrigações extraconcursais da Oi pelo prazo de 30 dias. Ainda, o gestor judicial da Oi nomeou o comitê de transição.
Segundo o fato relevante divulgado na noite de quarta-feira (8), as cartas de renúncias foram entregues por:
Marcelo Milliet, enquanto CEO e diretor de relação com investidores, membro efetivo do conselho de administração da Oi e ocupante de cargos de administrador em sociedades controladas (diretas e indiretas) e coligadas;
Rodrigo Caldas Toledo Aguiar, enquanto CFO da Oi e em cargos de administrador em sociedades controladas (diretas e indiretas) e coligadas;
Paul Murray Keglevic, Scott David Vogel, Paul Stewart Aronzon, Francisco Roman Lamas Mendez-Villamil e Renato Carvalho Franco enquanto membros efetivos do Conselho de Administração da Oi.
O gestor judicial Bruno Rezende, nomeado pela Justiça para “trazer toda e qualquer operação realizada pela empresa que importe em oneração ou alienação de seu patrimônio”, indicou Fábio Wagner, André Tavares Paradizi, Gustavo Roberto Brambila e Marcelo Augusto Leite de Moraes para compor o comitê de transição da Oi.
Tenda (TEND3): Lançamentos e vendas têm queda anual, mas alta trimestral
A construtora Tenda (TEND3), uma das principais com foco em habitação popular, divulgou sua prévia operacional do terceiro trimestre de 2025 (3T25), com queda anual nos lançamentos e vendas.
A companhia reportou o lançamento de 12 empreendimentos entre julho e setembro, totalizando um valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,48 bilhão, recuo de 27,1% em relação ao mesmo trimestre de 2024, mas alta de 36,5% frente ao 2T25.
Segundo a incorporadora, o preço médio de lançamento por unidade foi de R$ 234,4 mil, avanço de 8,9% na comparação anual e de 8% em relação aos três meses anteriores.
Já as vendas brutas somaram R$ 1,2 bilhão entre julho e setembro, queda de 21,5% em 12 meses, mas crescimento de 4,1% ante o 2T25.
O preço médio por unidade no 3T25 foi de R$ 220,4 mil, aumento de 5,1% em relação ao 3T24.
EMAE diz não ter sido comunicada sobre ação do fundo Phoenix para barrar compra pela Sabesp (SBSP3)
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE) disse na noite de quarta-feira (8) que não recebeu qualquer comunicação oficial relacionada ao processo mencionado na mídia sobre a compra da EMAE pela Sabesp (SBSP3) e que as notícias em circulação têm origem em fontes externas e não partiram dela, conforme comunicado ao mercado.
A declaração é uma resposta a uma solicitação da CVM para explicar os motivos pelos quais entendeu não se tratar de fato relevante a notícia veiculada pelo jornal O Globo sob o título “Fundo de Tanure tenta barrar compra da EMAE pela Sabesp”.
A reportagem, publicada na quarta-feira, afirma que o fundo Phoenix recorreu à Justiça para tentar barrar a operação.
O Tribunal de Justiça de São Paulo negou o pedido do fundo ligado a Tanure.
*Com informações da Reuters