B3 (B3SA3), Oncoclínicas (ONCO3), Azzas 2154 (AZZA3) e outros destaques desta quarta-feira (27)

A compra de participação majoritária na Shipay pela B3 (B3SA3), a venda de Complexo Hospitalar Uberlândia pela Oncoclínicas (ONCO3) e o adiamento do início do novo diretor financeiro da Azzas 2154 (AZZA3) são alguns dos destaques corporativos desta quarta-feira (27).
Confira os destaques corporativos de hoje
B3 (B3SA3) compra participação majoritária na Shipay por R$ 37 milhões
A B3 (B3SA3) anunciou nesta terça-feira (26) a aquisição de 62% do capital social da Shipay Tecnologia, empresa fundada em 2020 e especializada na integração de soluções de pagamentos. O valor do negócio é de R$ 37 milhões, a serem pagos no fechamento da operação.
O contrato prevê ainda a possibilidade de a B3 comprar a fatia remanescente da Shipay até 2030, mediante cumprimento de metas previamente definidas.
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Segundo a B3, a transação reforça sua estratégia de ampliar soluções de infraestrutura no mercado de crédito, com foco no registro de duplicatas escriturais, além de manter o compromisso com inovação em serviços financeiros.
A Shipay seguirá operando com autonomia e continuará a desenvolver tecnologias que tornam a gestão de pagamentos digitais mais ágil e segura, de acordo com a B3.
Oncoclínicas (ONCO3) vende Complexo Hospitalar Uberlândia por R$ 160 milhões
A Oncoclínicas (ONCO3) anunciou ao mercado a venda de 84% de sua participação no capital social do Complexo Hospitalar Uberlândia (UMC), hospital de alta complexidade localizado na cidade de Uberlândia–MG, por R$ 160 milhões.
Segundo o fato relevante divulgado ao mercado, a venda ocorre por meio de sua controlada Multihemo para Alexandre de Menezes Rodrigues, um dos fundadores do hospital e parte do grupo de acionistas minoritários.
Para o pagamento, o comprador irá assumir o endividamento e obrigações relacionados ao UMC. Está acordado ainda que a Oncoclínicas e o UMC entrarão em um acordo comercial de longo prazo para compartilhamento dos resultados da operação de oncologia realizadas no hospital.
A companhia afirma que a transação está em linha com o atual objetivo estratégico de desinvestir de operações non-core, na busca pela redução da alavancagem financeira, aumento de rentabilidade, redução da exposição às operações não oncológicas e otimização da dinâmica de geração de caixa, enquanto mantém presença na oncologia hospitalar, mas sem alocação de capital relevante.
Azzas 2154 (AZZA3) adia início de novo diretor financeiro
A Azzas 2154 (AZZA3) informou nesta terça-feira (26) que a eleição de Eric Alencar como diretor financeiro, corporativo e de relações com investidores da companhia terá efeito a partir de 10 de setembro, mais tarde do que o definido anteriormente.
O atual diretor financeiro, Rafael Sachete da Silva, permanecerá no cargo até a efetiva posse de Alencar, informou a companhia em comunicado. Ele também foi eleito presidente-executivo da divisão de bolsas e sapatos do grupo Azzas.
No início deste mês, a Azzas anunciou a nomeação de Alencar, ex-vice-presidente de finanças e de relações com investidores do Grupo Carrefour Brasil, para ocupar o cargo de CFO do grupo de moda, com início previsto a partir de 1º de setembro.
Na ocasião, a empresa também reportou o balanço do segundo trimestre, com lucro líquido recorrente de R$ 283,7 milhões, crescimento de 81,7% em relação ao mesmo período em 2024.
Kepler Weber (KEPL3) aprova programa de recompra de até 2,1 milhões de ações
O conselho de administração da Kepler Weber (KEPL3) aprovou a criação de um programa de recompra de até 2,1 milhões de ações da companhia, sem redução do capital social, correspondentes a 1,21% do total em circulação.
O programa já está vigente e tem prazo máximo 18 meses, com data prevista para término em 26 de fevereiro de 2027.
A aprovação de um programa de recompra pode ter diversas motivações, como a crença pela empresa de que as ações estão baratas; distribuição de ações aos executivos como bônus sem a emissão de novos papéis; geração de valor ao acionista.
Segundo a Kepler Weber, o principal objetivo é a manutenção em tesouraria das ações para eventual cancelamento ou alienação.
A aquisição será realizada em Bolsa de Valores, a preço de mercado, cabendo à diretoria executiva a decisão de qual momento e a quantidade de ações que serão adquiridas.
JBS (JBSS32) entrará no índice FTSE US; ação alcança máxima histórica de US$ 15,99
A JBS (JBSS32) passará a integrar o índice FTSE US, operado pela FTSE Russell, a mesma gestora do conhecido índice Russell. A confirmação foi divulgada em comunicado oficial detalhando as mudanças que serão efetivas a partir do fechamento do mercado em 19 de setembro, com validade em 22 de setembro.
O índice reúne 537 companhias listadas nos Estados Unidos, que somam US$ 51,3 trilhões em valor de mercado. A presença no grupo coloca a JBS no radar de fundos passivos, como ETFs e fundos de índice, que replicam a carteira, ampliando o potencial de demanda pelas ações da empresa.
A entrada no FTSE US reforça a consolidação da companhia no mercado de capitais norte-americano, processo acelerado após a dupla listagem (B3 e Nyse) realizada neste ano. O movimento é visto como estratégia para atrair um leque mais amplo e diversificado de investidores.
O desempenho recente dos papéis acompanha essa trajetória. Desde a estreia na Nyse em 12 de junho, as ações acumulam valorização de 15%. Nesta terça-feira (26), atingiram sua máxima histórica, encerrando a sessão a US$ 15,99.
Rio Tinto (RIOT34) se reestrutura em três unidades de negócios e nomeia novo chefe de minério de ferro
A mineradora anglo-australiana Rio Tinto (RIOT34) anunciou nesta quarta-feira (27) que irá simplificar suas operações em três unidades de negócios: Minério de Ferro, Alumínio & Lítio e Cobre, com Matthew Holcz nomeado para liderar a nova divisão consolidada de minério de ferro.
A mudança ocorre enquanto o CEO Simon Trott busca simplificar a estrutura da empresa e aumentar o foco em seus ativos mais lucrativos.
Holcz foi nomeado CEO da nova divisão unificada de minério de ferro, que integrará as operações da Rio Tinto na Austrália Ocidental, no Canadá, e o projeto Simandou na Guiné, assim que este for concluído.
A unidade de Alumínio & Lítio, que será liderada por Jérôme Pécresse, combinará as operações de alumínio do Atlântico e do Pacífico com o negócio recém-adquirido de lítio, a Arcadium Lithium. Já Katie Jackson continuará à frente da divisão de Cobre, com foco na expansão do projeto Oyu Tolgoi.
*Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo