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Brava Energia (BRAV3), Mercado Livre (MELI34), Casas Bahia (BHIA3) e outros destaques desta sexta-feira (6)

06 jun 2025, 9:33 - atualizado em 06 jun 2025, 9:33
brava energia
Brava Energia, Mercado Livre e Casas Bahia estão entre os destaques corporativos desta sexta-feira (6) (Imagem: REUTERS/Vasily Fedosenko)

A venda de ativos de gás da Brava Energia (BRAV3) para a PetroReconcavo (RECV3), o anúncio de frete grátis do Mercado Livre (MELI34) e acordo de credores da Casas Bahia (BHIA3) são alguns dos destaques corporativos desta sexta-feira (6).

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Confira os destaques corporativos de hoje

Brava Energia (BRAV3) vende 50% de ativos de gás para PetroReconcavo (RECV3) por US$ 65 milhões

Brava Energia (BRAV3) anunciou a venda de 50% de sua infraestrutura de gás natural no Rio Grande do Norte para a PetroReconcavo (RECV3), em uma transação avaliada em US$ 65 milhões.

Segundo fato relevante, o acordo envolve ativos do segmento midstream — a etapa intermediária da cadeia do gás, responsável pelo transporte, processamento e armazenamento do produto até que ele chegue à fase final de distribuição.

Na prática, a operação inclui participação em duas Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs), no gasoduto Livramento/Guamaré e nas esferas de armazenamento de Gás Natural Liquefeito (GNL), todas localizadas no Ativo Industrial de Guamaré, na Bacia Potiguar.

Mercado Livre (MELI34) anuncia frete grátis em compras a partir de R$ 19

Mercado Livre (MELI34) passa a oferecer, a partir desta sexta-feira (6), frete grátis para compras a partir de R$ 19 realizadas na plataforma. A nova política, válida em todo o Brasil, representa o menor patamar já praticado pela companhia em sua história.

O benefício é aplicado automaticamente, sem necessidade de cupons, e vale para todas as regiões, dispositivos e meios de pagamento. Ficam de fora apenas compras internacionais (frete grátis a partir de R$ 79) e produtos de supermercado (a partir de R$ 199).

A mudança faz parte da campanha “10+9”, que envolve um investimento de mais de R$ 24 milhões em cupons — R$ 13 milhões apenas hoje (6).

Segundo a empresa, a medida busca ampliar a frequência de compras e impulsionar o crescimento do e-commerce no país. Um dos principais motivos de abandono de carrinhos pelos consumidores é justamente o valor do frete, destacou a companhia.

Casas Bahia (BHIA3) converte dívidas e reduz alavancagem pela metade

Casas Bahia (BHIA3) concluiu negociação com credores para converter parte de sua dívida em ações, movimento que vai reduzir a alavancagem da empresa.

No balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25) da varejista, a dívida bruta era de R$ 4,4 bilhões e alavancagem de 1,6 vezes. No período, a empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 408 milhões, acima das estimativas de analistas.

Vale lembrar que a alavancagem é medida pela relação dívida líquida sobre o lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda). Quanto mais elevado o número, maior é o risco financeiro.

De acordo com comunicado, a companhia vai converter em ações toda a série 2 de sua 10ª emissão de debêntures, que chega em R$ 1,56 bilhão. Bradesco e Banco do Brasil, detentores desses papéis, vão vender para outro player financeiro não revelado. A conversão é realizada pela média de 90 dias com 20% de desconto.

Petrobras (PETR4) precisa estar na África, diz CEO

Petrobras (PETR4) planeja tornar a África sua principal região exploratória de petróleo gás fora do Brasil, disse a presidente da estatal, Magda Chambriard, em entrevista à Reuters.

A executiva destacou que a Costa do Marfim estendeu um “tapete vermelho” para a companhia operar em águas profundas e ultraprofundas de seu litoral, comentando um anúncio feito na véspera.

A empresa também busca explorar a costa da Índia, onde participará de um leilão de blocos previsto para julho, disse Chambriard.

Wilson Sons (PORT3) anuncia mudanças na presidência e diretoria financeira

Wilson Sons (PORT3) comunicou a renúncia de Fernando Fleury Salek aos cargos de diretor-presidente, diretor financeiro e membro do conselho de administração da companhia.

Com a saída, o conselho nomeou Arnaldo Calbucci Filho para ocupar interinamente os cargos de CEO e CFO, declarou a empresa em fato relevante.

Calbucci está na empresa desde 1980, foi responsável pela criação da divisão de embarcações de apoio offshore em 2003 e atuava como diretor de operações desde o ano de 2020.

Para a vaga deixada por Calbucci, a Wilson Sons nomeou Luís Gustavo Bueno Machado como novo diretor de operações. O executivo está na companhia desde 2003 e lidera a joint venture Wilson Sons Ultratug Offshore desde sua criação, em 2010.

Rumo (RAIL3) rescinde acordo com Bunge e Zen-Noh para venda de participação em terminal no Porto Santos

Rumo (RAIL3) rescindiu o acordo para venda de sua participação de 50% no Terminal XXXIX de Santos a um consórcio formado pelas empresas Bunge Alimentos e Zen-Noh Grain Corporation.

Rumo disse que a decisão de rescindir o contrato ocorreu devido ao não cumprimento de condições precedentes, sem dar detalhes, e acrescentou que manterá sua participação acionária de 50%, conforme fato relevante ao mercado. Os outros 50% permanecem de propriedade da Caramuru Alimentos.

A Rumo havia anunciado no ano passado que venderia sua participação no T-XXXIX — companhia do segmento portuário localizada no Porto de Santos — ao consórcio formado por Bunge e Zen-Noh. Na ocasião, a empresa disse que o montante referente à participação a ser vendida somava R$ 600 milhões, correspondente a um “equity value” de cerca de R$ 550 milhões.

Mantiqueira inicia projetos após nos EUA após venda de fatia para JBS (JBSS3)

Após venda de 50% de participação na Mantiqueira para o frigorífico JBS (JBSS3), a empresa de ovos está iniciando projetos “greenfield” no Colorado, Estados Unidos.

No GAFFFF (Global Agribusiness Festival) em São Paulo, o presidente da Mantiqueira, Leandro Pinto, disse que seu filho está nos Estados Unidos supervisionando os projetos.

Surtos de gripe aviária, que causaram a morte de milhões de aves nos EUA e na Europa, deram aos fornecedores brasileiros de ovos a chance de aumentar sua participação no mercado global, segundo ele.

Além de exportar, as empresas brasileiras podem instalar unidades de produção em outros países, disse Pinto.

*Com informações da Reuters 

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.