Cosan (CSAN3), Banco do Brasil (BBAS3), Petrobras (PETR4) e outros destaques corporativos desta segunda-feira (22)

O aporte de R$ 10 bilhões de fundos do BTG e da Perfin na Cosan (CSAN3), a expectativa pelos robustos dividendos do Banco do Brasil (BBAS3) e o pagamento de proventos pela Petrobras (PETR4) são alguns dos destaques corporativos desta segunda-feira (22).
Confira os destaques corporativos de hoje
Cosan (CSAN3) fecha aporte de R$ 10 bi de fundos do BTG (BPAC11) e da Perfin
Fundos do BTG Pactual (BPAC11) e a empresa de investimentos Perfin irão fazer um aporte de R$ 10 bilhões na Cosan (CSAN3).
Dona da Raízen (RAIZ4), da Rumo Logística (RAIL3) e da empresa de gás Compass, entre outros negócios, a Cosan vinha sofrendo com o alto endividamento.
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No fim do ano passado, a empresa tinha dívidas de R$ 23,5 bilhões e registrou prejuízo de R$ 9,4 bilhões, para uma receita anual de R$ 44 bilhões.
Após reestruturar diferentes negócios, o anúncio deste domingo reduz o endividamento consideravelmente. As negociações foram noticiadas pelo Estadão/Broadcast.
“A operação tem como objetivo aprimorar a estrutura de capital, dando continuidade aos processos de desalavancagem, fortalecimento da governança e otimização contínua de custos”, afirmou a empresa, em nota.
Banco do Brasil (BBAS3): Quando os parrudos dividendos voltarão?
O Banco do Brasil viveu momentos de ouro entre 2020 e 2024, quando o lucro saltou e bateu em R$ 9 bilhões, enquanto o ROE (retorno sobre o patrimônio) chegou à casa dos 20% e o retorno de dividendos alcançou dois dígitos.
Porém, a piora dos números no primeiro e no segundo trimestre fez o banco rever a estratégia, depositando menos dividendos. A parcela paga do lucro para os acionistas, o payout, caiu de 40% para 30%, com rendimentos em torno de 4%.
Mas, ao que parece, a ação do BBAS3 chegou a um piso, e alguns analistas enxergam até uma oportunidade. A pergunta agora é: quando os dividendos polpudos voltarão?
Quem espera que o retorno ocorra no curto prazo pode se decepcionar.
Segundo o JPMorgan, que se reuniu com a administração do Banco do Brasil, ainda é cedo para discutir o payout em 2026.
Isso dependerá da evolução dos resultados e perspectivas, algo que o diretor de RI, Giovanne Tobias, já sinalizou na conferência com jornalistas: “2025 é o ano para fazer o freio de arrumação para nos prepararmos para 2026”, destacou.
Petrobras (PETR4), CPFL (CPFE3) e mais uma empresa pagam até R$ 1 por ação esta semana
Três companhias listadas no Ibovespa (IBOV) distribuirão dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na última semana completa de setembro.
A Petrobras (PETR4) iniciará os pagamentos na segunda-feira (22). A estatal entregará JCP de R$ 0,146 por ação e dividendos de R$ 0,308.
Os acionistas detentores dos papéis em 2 de junho garantiram direito a ambos os proventos.
Na quinta (25), a CPFL Energia (CPFE3) pagará uma parcela de R$ 250 milhões em dividendos, de R$ 0,217 por ação. A data base foi em 29 de abril.
No último dia útil da semana (26), é a vez da Energisa (ENGI11). A companhia distribuirá dividendos de R$ 457,1 milhões, sendo R$ 0,20 por papel ordinário e preferencial e R$ 1 por unit.
Embraer (EMBR3) entra para frota da Latam
O Grupo Latam fechou acordo com a Embraer (EMBR3) para o pedido de 74 aeronaves E195-E2, sendo 24 entregas firmes e 50 opções adicionais de compra, mostra comunicado da fabricante brasileira enviado ao mercado nesta segunda (22).
O pedido firme das aeronaves está avaliando em aproximadamente US$ 2,1 bilhões, em preço de tabela dos aviões. O pedido do Grupo Latam à Embraer acompanha o plano de expansão da conectividade na América do Sul.
Segundo o documento, o início das entregas está previsto para o segundo semestre de 2026, inicialmente para a Latam Airlines Brasil, com potencial de inclusão de outras afiliadas do grupo no futuro.
Cemig (CMIG4) homologa acordo trabalhista de R$ 1,25 bilhão
A Cemig (CMIG4) homologou um acordo com o sindicato dos eletricitários do Sul de Minas (Sindsul) e a federação dos trabalhadores das indústrias urbanas de Minas Gerais (FTIUMG).
O acordo prevê o pagamento de uma indenização compensatória (buyout) de até R$ 1,25 bilhão, distribuída em seis parcelas, sendo a última prevista para 2030.
O valor considera a totalidade de 15.496 aposentados, pensionistas, titulares e ativos, inscritos no plano de saúde PSI da Cemig Saúde, em fevereiro de 2025.
A empresa informou que ainda busca fechar acordos com outros sindicatos.
Por que a JHSF (JHSF3) quer vender o seu valor de mercado em imóveis?
A JHSF (JHSF3) surpreendeu o mercado ao anunciar a venda de um conjunto de imóveis avaliado em R$ 4,6 bilhões, valor que supera sua própria capitalização na Bolsa, de R$ 3,8 bilhões, no fechamento da última terça-feira (16).
A decisão levanta uma questão-chave: por que uma empresa decide negociar ativos equivalentes – ou até superiores – ao que os investidores estão dispostos a pagar por todas as suas ações em mercado?
A operação será estruturada por meio da criação de um veículo de investimento, possivelmente um fundo imobiliário. Independentemente do formato, trata-se da maior oferta já feita para o setor da construção, segundo a própria companhia.
A oferta deve ser lançada oficialmente nas próximas semanas, e a expectativa é que seja concluída ainda neste ano, conforme apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Na prática, a transação indica que os ativos da JHSF valem mais do que o mercado enxerga hoje.
A empresa está mostrando que pode destravar valor ao separar parte de seu portfólio de incorporação e atrair investidores que buscam retorno na valorização de imóveis ao longo do tempo.
*Com informações do Estadão Conteúdo