Petrobras (PETR4), Cemig (CMIG4), Azul (AZUL4) e outros destaques desta quinta-feira (29)

A emissão de debêntures aprovadas pela diretoria da Petrobras (PETR4), a suspensão de cobrança de R$ 912 milhões de fundo de pensão da Cemig (CMIG4) e o corte de rating da Azul (AZUL4) por duas agências classificadoras de risco são alguns dos destaques corporativos desta quinta-feira (29).
Confira os destaques corporativos de hoje
Diretoria da Petrobras aprova emissão de R$ 3 bilhões em debêntures
A Petrobras (PETR4) informou nesta quarta-feira (28) que sua diretoria executiva aprovou a emissão de R$ 3 bilhões em debêntures simples em até três séries, conforme comunicado ao mercado.
A empresa havia divulgado nesta semana que estava avaliando uma emissão de debêntures nesse montante.
A estatal acrescentou que os recursos vão custear gastos, despesas ou dívidas relacionadas a investimentos em projetos prioritários da companhia.
“O protocolo do pedido de registro da oferta perante a CVM, juntamente com todos os documentos necessários, será realizado oportunamente”, disse a Petrobras no comunicado.
Cemig (CMIG4): Justiça suspende cobrança de R$ 912 milhões de fundo de pensão
A Justiça de Minas Gerais suspendeu cobrança de R$ 912 milhões que a Cemig (CMIG4) teria que pagar à Fundação Forluminas de Seguridade Social (Forluz), responsável pela previdência complementar dos empregados da elétrica.
Segundo o documento enviado ao mercado nesta quarta (28), a suspensão vale até o trânsito em julgado da sentença de mérito.
“Dessa forma, esta ação não gera impacto no caixa da companhia neste momento”.
Desde 2022, o fundo move uma ação contra a estatal e suas subsidiárias devido a um déficit de R$ 2,2 bilhões identificado em 2022 no Plano A, criado em 1997.
O contrato original estabelecia que eventuais déficits seriam integralmente arcados pelas patrocinadoras, incluindo a Cemig e suas subsidiárias.
S&P rebaixa rating da Azul (AZUL4) para calote após recuperação judicial nos EUA; Fitch acompanha
A S&P rebaixou o rating da Azul (AZUL4) de CCC para D, o mais baixo e que, na prática, significa calote, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (28).
Junto com a S&P, a Fitch também rebaixou o rating de CCC para D.
Mais cedo, a companhia entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos com dívidas de R$ 31 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), alta de 50,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo a S&P, o anúncio foi feito após a Azul registrar uma considerável queima de caixa durante o primeiro trimestre de 2025.
“Apesar do sólido desempenho operacional, a empresa ainda enfrenta um pesado endividamento, enquanto os pagamentos de arrendamento muito altos, as despesas financeiras, os investimentos”.
Carrefour pagará dividendos em euro em meio à despedida da Bolsa brasileira
O Carrefour Brasil (CRFB3) informou ao mercado o pagamento de dividendo especial em euro, declarado pelo Carrefour S.A. (CSA). O movimento ocorre em meio à despedida da subsidiária brasileira da B3.
De acordo com o comunicado divulgado ao mercado nesta quinta (29), o Carrefour S.A. declarou o pagamento de dividendo ordinário em dinheiro no valor de 0,92 euros por ação do CSA.
Além disso, foi declarado um dividendo especial em dinheiro no montante total de 163 milhões de euros, representando 0,23 euros por ação do CSA.
A distribuição de proventos é consequência da conclusão da reorganização societária que irá resultar no fechamento de capital da divisão brasileira. A unificação das bases acionárias do Carrefour S.A e do Carrefour Brasil está prevista para 30 de maio.
Os detentores de BDRs no fechamento do mercado em 2 de junho de 2025 terão também direito ao pagamento do dividendo especial anunciado, que está sujeito à conclusão do fechamento de capital do Carrefour Brasil.
Em meio ao processo de fechamento de capital, os acionistas do Carrefour Brasil tiveram o período entre 28 de abril e 12 de maio para exercerem suas opções de recebimento de troca de ações.
As opções consistiam em: receber 100% do valor das ações CRFB3 em dinheiro, uma mistura de dinheiro e BDRs da matriz francesa ou trocar 100% em BDRs do Carrefour francês.
Sabesp (SBSP3) exerce preferência e compra duas concessionárias no interior de SP
A Sabesp (SBSP3) comunicou ao mercado nesta quarta-feira (28) que firmou contrato com a Iguá Saneamento (IGSN3) para adquirir a totalidade das ações das concessionárias Águas de Andradina e Águas de Castilho, ambas no interior de São Paulo.
Com a aquisição – que não teve seu valor revelado -, a empresa passa a deter 100% do capital social das duas companhias, que prestam serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário nos municípios de Andradina e Castilho.
Segundo o comunicado, a transação decorre do exercício do direito de preferência previsto nos acordos de acionistas dessas empresas, em oferta realizada pela Iguá.
Por fim, a Sabesp informou que ambas as concessões já possuem serviços universalizados e atendem, juntas, uma população de cerca de 81,9 mil habitantes. Para a companhia, a aquisição representa mais um passo no fortalecimento de sua estratégia de expansão e consolidação no setor de saneamento.
A conclusão do negócio ainda depende do cumprimento de condições precedentes, incluindo a aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Mercado Pago vai solicitar licença bancária ao banco central da Argentina
O gigante de comércio eletrônico Mercado Livre (MELI34) informou nesta quarta-feira (28) que seu braço financeiro, Mercado Pago, vai solicitar uma licença bancária ao banco central da Argentina.
Em comunicado, o Mercado Pago disse que a medida busca expandir “sua oferta de serviços dentro de seu modelo 100% digital” e que a decisão é parte de uma estratégia regional já em andamento em outros mercados-chave como Brasil e México.
Nvidia estima impacto de US$ 8 bi com regras dos EUA sobre chips
A Nvidia (NVDC34) superou as expectativas para vendas durante seu primeiro trimestre fiscal, mas projetou receita inferior ao esperado no mercado para o segundo trimestre, prevendo um impacto de US$ 8 bilhões nas vendas devido às restrições mais rígidas dos Estados Unidos sobre exportações de chips para a China.
Ainda assim, as ações da empresa mais valiosa do mundo subiam 4% no pós-mercado. Os papéis seguem relativamente estáveis no ano até agora, em comparação com 2024, quando o valor das ações quase triplicou. A Nvidia agora enfrenta restrições comerciais sobre o que pode vender, e o mercado de data center de IA também está amadurecendo.
Anos de esforços de Washington para impedir o acesso de Pequim à tecnologia de ponta dos EUA resultaram em restrições mais rígidas à exportação dos chips de IA da Nvidia – sufocando o acesso da empresa a um dos maiores mercados de semicondutores.
*Com informações da Reuters