PetroReconcavo (RECV3), Desktop (DESK3), Moura Dubeux (MDNE3), MRV (MRVE3) e outros destaques desta quarta-feira (8)

Os dados de produção de setembro da PetroReconcavo (RECV3), a possível saída da Desktop (DESK3) da Bolsa e a elevação da classificação de crédito da Moura Dubeux (MDNE3) são alguns dos destaques corporativos desta quarta-feira (8).
Confira os destaques corporativos de hoje
PetroReconcavo (RECV3): Produção cai a 25,9 mil boe/dia em setembro
A PetroReconcavo (RECV3) produziu em média 25,9 mil boe/dia em setembro, 1,8% abaixo de agosto, impactada principalmente pelo campo de Tiê. O total do mês foi de 755,8 mil boe, queda de 2,1%.
No Ativo Potiguar, a produção se manteve em 12,9 mil boe/dia (8,3 mil barris de petróleo e 4,6 mil de gás), com leve alta de petróleo (0,6%) e pequena queda de gás (0,5%).
No Ativo Bahia, a produção caiu para 13,1 mil boe/dia, 3,6% menos que agosto. O petróleo caiu 6,8% por causa da repressurização do campo de Tiê; a produção de gás permaneceu estável.
Claro pode tirar Desktop (DESK3) da bolsa
A Claro, do grupo mexicano América Móvil, está em negociações avançadas para comprar a operadora de infraestrutura de banda larga Desktop (DESK3), publicou o Brazil Journal na terça-feira (7), citando duas fontes.
As ações da Desktop chegaram disparar cerca de 15% na tarde desta terça, e fecharam em alta de quase 10%.
Segundo o veículo, a negociação envolve uma aquisição completa da Desktop, tirando a companhia da bolsa.
A Claro está conduzindo um processo de “due dilligence”, mas ainda não fez uma oferta formal pela empresa, acrescentou o Brazil Journal.
A Desktop chegou a ter discussões com a Telefônica Brasil no ano passado sobre uma potencial transação, mas na época o presidente-executivo da Telefônica mencionou que entre as questões que precisavam ser analisadas estava a sobreposição de redes.
Moura Dubeux (MDNE3): S&P eleva rating de olho na disciplina financeira durante expansão
A agência classificadora de risco S&P Global elevou o rating (classificação) da Moura Dubeux (MDNE3) de ‘brAA-‘ para ‘brAA’, com perspectiva estável, tendo em vista a manutenção das métricas de crédito da incorporadora frente ao aumento de escala. A alteração melhora a percepção de crédito da companhia diante do mercado.
A expectativa da S&P é de que a Moura Dubeux continue apresentando aumento gradual no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para em torno de R$ 480 milhões em 2025 e ultrapasse R$ 540 milhões em 2026.
“Esse crescimento está alinhado à expansão da escala operacional da empresa nos últimos anos e, principalmente, à nossa expectativa de que o Valor Geral de Vendas (VGV) dos lançamentos alcance R$ 4,0 bilhões-R$ 4,5 bilhões a partir de 2025”, dizem os analistas.
Com esse crescimento, a avaliação é de que a companhia irá manter sólidos indicadores operacionais e de crédito. A S&P vê a entrega de disciplina financeira durante a expansão das operações.
Méliuz (CASH3) aprova programa de recompra de ações apoiado em reservas de Bitcoin e caixa
O conselho de administração do Méliuz (CASH3) aprovou a criação de um programa de recompra de até 9,1 milhões de ações da companhia, representativas de até 10% do total em circulação, mostra fato relevante enviado ao mercado nesta quarta-feira (8).
As aquisições poderão ser feitas em Bolsa, na B3, e a companhia também autorizou o uso de contratos derivativos referenciados às suas ações, com contrapartes a serem definidas pela administração. A execução ficará a cargo da diretoria executiva ao longo de um prazo máximo de 18 meses, entre 8 de outubro de 2025 e 8 de abril de 2027.
O objetivo, segundo o Méliuz, é maximizar a geração de valor para o acionista por meio da sua alocação de capital, considerando o potencial de rentabilidade de suas ações.
“Com relação a seus efeitos econômicos, o programa de recompra poderá proporcionar aos acionistas um eventual aumento do percentual de participação na companhia e, com isso, um aumento do número de Bitcoin por ação, na hipótese de cancelamento das ações a serem mantidas em tesouraria”, diz a empresa.
Aumento de participação na MRV (MRVE3)
A Navi Capital anunciou que aumentou sua participação na MRV&Co (MRVE3), passando a deter 28.906.974 ações ordinárias (ON), equivalentes a 5,14% do total de papéis da companhia. A aquisição inclui ações, outros valores mobiliários e instrumentos derivativos sob gestão da gestora.
Segundo a Navi, a movimentação na participação acionária é resultado de uma estratégia de investimento, sem objetivo de alterar o controle da MRV. A gestora reforçou que as negociações refletem apenas ajustes em seus fundos e carteiras administradas.
Infracommerce (IFCM3) aprova grupamento de ações na proporção de 20 para 1
A Infracommerce (IFCM3) informou que seus acionistas aprovaram, em Assembleia Geral Extraordinária realizada nesta terça-feira (7), o grupamento de ações na proporção de 20 para 1 — ou seja, cada 20 ações ordinárias serão convertidas em uma única ação.
O capital social continuará em R$ 848,7 milhões, mas o total de ações passará a ser de cerca de 112 milhões de papéis ordinários, todos nominativos e sem valor nominal.
A proporção de 20 para 1 foi aprovada após proposta alternativa apresentada por um acionista, substituindo a razão inicial de 10 para 1 sugerida pela administração.
Os acionistas poderão ajustar suas posições entre 8 de outubro e 6 de novembro de 2025 para evitar frações. A partir de 7 de novembro, as ações passarão a ser negociadas já agrupadas.
As frações restantes serão reunidas e vendidas em leilão na B3, e o valor obtido será repassado proporcionalmente aos acionistas.
Multi (MLAS3) firma contrato de R$ 294 milhões com o BNDES para investir em inovação
O Grupo Multi (MLAS3), antiga Multilaser, anunciou nesta terça-feira (7) a assinatura de um contrato de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito do programa BNDES Mais Inovação.
O objetivo é apoiar o Plano Estratégico de Inovação e Indústria 4.0 da companhia, com foco na digitalização e integração dos processos e sistemas das unidades localizadas em Manaus–AM e Extrema–MG.
O financiamento tem valor total de até R$ 294,1 milhões, dividido em dois subcréditos de até R$ 147,05 milhões cada. O primeiro terá custo financeiro equivalente à Taxa Referencial (TR) acrescida de 2,70% ao ano, enquanto o segundo será atrelado ao IPCA, com taxa prefixada de 7,70% ao ano e spread adicional de 1,10% ao ano.
*Com informações da Reuters