Vale (VALE3), Cogna (COGN3), Natura (NATU3) e outros destaques corporativos desta quarta-feira (17)

A elevação de rating de crédito da S&P para a Vale (VALE3), o início da oferta da Cogna (COGN3) para fechar o capital da Vasta no Nasdaq e a elevação de perspectiva de nota de crédito da Moody’s para a Natura (NATU3) são alguns dos destaques corporativos desta quarta-feira (17).
Confira os destaques corporativos de hoje
Vale (VALE3): S&P eleva rating de crédito, de olho nos melhores controles de risco
A Vale teve seu rating global de crédito elevado pela agência classificadora de riscos S&P Global, passando de “BBB- (estável)” para “BBB (estável)”, devido a melhores controles de risco.
A agência atribuiu a revisão aos avanços da mineradora em supervisão e gestão de riscos, além da manutenção de uma estrutura financeira sólida. Com isso, a S&P sinaliza um risco de crédito reduzido para a Vale.
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Analistas da S&P apontam que, em agosto de 2025, a Vale removeu sua última barragem da lista das classificadas em nível de risco de emergência 3 e melhorou consideravelmente sua supervisão e seus controles nos últimos anos.
Agora, a agência avalia administração e governança como neutras para o rating, anteriormente vistas como negativas.
Cogna (COGN3) inicia oferta para adquirir ações da Vasta na Nasdaq
Não levou dois dias para a Cogna colocar sua intenção em prática e iniciar a oferta para aquisição de todas as ações ordinárias classe A em circulação que ainda não detém da Vasta Platform Limited, sua subsidiária listada na Nasdaq.
A oferta tem preço de aquisição de US$ 5 por ação e englobará um montante de até 15.970.992 ações ordinárias classe A, representando um preço de aquisição total de até US$ 79,85 milhões.
Em fato relevante enviado ao mercado nesta quarta-feira (17), a companhia de educação informou a aprovação da operação pelo seu conselho de administração. Agora, a oferta será registrada na Securities and Exchange Commission (SEC, na sigla em inglês, equivalente à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA).
Atualmente, a Cogna é titular de todas as ações ordinárias classe B emitidas pela Vasta, equivalentes a 64.436.093 ações ordinárias classe B, representativas de, aproximadamente, 97,6% do capital social da Vasta.
Caso a oferta seja bem-sucedida, a Vasta deixará de ser registrada na SEC e passará por deslistagem das ações na Nasdaq, após cinco anos do IPO, em uma operação que levantou US$ 405,9 milhões.
Natura (NATU3): Moody’s eleva perspectiva de nota de crédito de negativa para estável
A agência classificadora de risco Moody’s elevou a perspectiva de nota de crédito “Ba2” da Natura de negativa para estável, mostra comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira (17).
Segundo o relatório da agência, o rating reflete a liderança da companhia no setor de beleza e cuidados pessoais na América Latina, com forte participação de mercado no Brasil e uma presença crescente na América Latina Hispânica através das marcas Natura e Avon.
“Desde 2022, a empresa passou por uma significativa transformação estratégica, saindo de um modelo de expansão global para um modelo focado na América Latina. Isso foi feito com a venda de operações ‘não essenciais’ como a Aesop e a The Body Shop, e com o avanço na venda da Avon International”, ponderam os analistas da Moody’s.
Oncoclínicas (ONCO3) rejeita proposta de reestruturação da Starboard e aprova aumento de capital
A Oncoclínicas (ONCO3) rejeitou a proposta de reestruturação financeira feita pela Starboard Asset, mostra fato relevante enviado ao mercado na noite de terça-feira (17).
Ainda que esteja pressionada por prejuízos, queima de caixa a alta alavancagem — o que tornaria um suporte financeiro bem-vindo —, a avaliação é de que os termos propostos não atendem aos melhores interesses dos acionistas.
Segundo o documento, a tomada de decisão sobre a “proposta não solicitada” ocorreu pelo conselho de administração, com suporte de seus assessores jurídicos financeiros e considerou principalmente três fatores: a ausência de indicação de preço, o alto risco de execução, e a indicação de que a Starboard estaria disposta a adquirir dívida da companhia por 50% de seu valor nominal.
A companhia destaca que essa proposta de aquisição da dívida engloba desconto relevante em relação ao preço médio pelo qual a dívida da Oncolínicas é atualmente negociada.
O fato relevante da Oncolínicas informa ainda um avanço no aumento de capital, após o conselho de administração aprovar a operação, que passará por deliberação em Assembleia Geral Extraordinária marcada para 08 de outubro de 2025.
O aumento de capital irá injetar até R$ 2 bilhões na companhia, com a subscrição privada de até 666.666.667 novas ações, pelo preço de emissão de R$ 3 por ação. A Oncoclínicas estabeleceu um aumento de capital mínimo de R$ 1 bilhão para a homologação.
JHSF (JHSF3) anuncia veículo de investimento de R$ 4,6 bilhões para projetos de alta renda
A JHSF (JHSF3), líder no setor imobiliário para alta renda, anunciou, por meio de fato relevante, que celebrou um acordo vinculante para estruturar um veículo de investimento no montante de aproximadamente R$ 4,6 bilhões.
Segundo o comunicado, a nova ferramenta terá como objetivo a compra e venda de estoques, lotes e produtos imobiliários da companhia, prontos ou em desenvolvimento, nos complexos Cidade Jardim, Boa Vista, entre outros.
Entre os projetos que farão parte do veículo estão: Boa Vista Estates, Boa Vista Village, Reserva Cidade Jardim, São Paulo Surf Club Residences (fase 1) e Fazenda Santa Helena (fase 1).
A JHSF informou que continuará atuando como desenvolvedora de todos os empreendimentos envolvidos, mantendo o padrão que caracteriza a marca.
Romi (ROMI3) pagará R$ 16,8 milhões em juros sobre capital próprio
A Romi (ROMI3) informou nesta terça-feira (16) que seu Conselho de Administração aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP), no valor bruto total de R$ 16,77 milhões, referentes ao exercício de 2025.
O montante corresponde a R$ 0,18 por ação, com base na posição acionária de 22 de setembro de 2025. O pagamento está previsto para 10 de abril de 2026, sem atualização monetária até a data.
Do valor, será retido imposto de renda na fonte, à alíquota de 15%, exceto para acionistas imunes ou com regime diferenciado de tributação, resultando em um valor líquido de R$ 0,153 por ação.
As ações da companhia serão negociadas “ex-juros” a partir de 23 de setembro de 2025. O montante a ser pago será imputado aos dividendos obrigatórios do exercício de 2025.