Vale (VALE3), WEG (WEGE3), Oncoclínicas (ONCO3) e outros destaques desta quarta-feira (22)

O relatório de produção da Vale (VALE3) referente ao terceiro trimestre de 2025, os resultados da WEG (WEGE3) sobre o mesmo período e o caixa da Oncoclínicas (ONCO3) aplicado em CDBs do Banco Master são alguns dos destaques corporativos desta quarta-feira (22).
Confira os destaques corporativos de hoje
Vale (VALE3) tem melhor produção de minério de ferro desde 2018 com 3º trimestre de 2025
A Vale (VALE3) produziu 94,4 milhões de toneladas de minério de ferro entre julho e setembro de 2025, um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado e acima da projeção de 93,9 milhões apontada pela Genial Investimentos. O resultado foi impulsionado por um novo recorde do complexo S11D e pelo avanço dos principais projetos da companhia.
As vendas de minério de ferro somaram 86 milhões de toneladas, alta de 5%, superando a projeção de 72,3 milhões, com melhora nos preços, apoiada por prêmios mais altos pelos finos de minério (US$ 1,8 por tonelada).
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O preço realizado dos finos de minério de ferro foi de US$ 94,40 por tonelada, 4,2% acima do 3T24, ficando próximo da estimativa de US$ 94,70. A companhia destacou que a otimização de sua estratégia de portfólio de produtos contribuiu para uma melhora nos prêmios dos finos de minério de ferro.
O preço médio realizado de pelotas foi de US$ 130,8/t, queda de US$ 3,3/t em relação ao trimestre anterior, refletindo a redução dos prêmios trimestrais.
WEG (WEGE3): Lucro cresce 4,5% e vai a R$ 1,65 bilhão no terceiro trimestre de 2025
A WEG (WEGE3) reportou lucro líquido de R$ 1,65 bilhão referente ao terceiro trimestre de 2025 (3T25), mostra relatório de resultados divulgado nesta quarta-feira (22). A cifra representa uma alta de 4,5% ante o mesmo período do ano passado.
O lucro veio em linha com as expectativas do mercado, que esperava lucro na casa de R$ 1,61 bilhão, segundo estimativas reunidas pela Bloomberg.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da WEG cresceu 2,3%, atingindo R$ 2,27 bilhões no trimestre. Já a margem Ebitda foi de 22,2%, uma contração de 0,4 ponto percentual.
No relatório, a WEG aponta que mesmo em um ambiente marcado por incertezas geopolíticas e volatilidade do comércio doméstico e internacional, entregou mais um trimestre com margens operacionais saudáveis.
A receita operacional líquida totalizou R$ 10,2 bilhões, um avanço de 4,2% em comparação anual. Deste total, o mercado interno foi responsável por R$ 4 bilhões, enquanto o externo por R$ 6,2 bilhões.
O retorno sobre o capital investigo (ROIC) da WEG atingiu 32,4% no trimestre, um recuo de 4,7 pontos percentuais em comparação ao mesmo período em 2024.
Oncoclínicas (ONCO3) detém R$ 478 milhões em CDBs do Banco Master e fecha acordo para resgate
A Oncoclínicas (ONCO3) confirmou oficialmente nesta quarta-feira (22) algo que boa parte do mercado já desconfiava: parte do caixa da companhia está aplicado em CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) do Banco Master.
Mais precisamente, a rede de clínicas oncológicas detém R$ 478 milhões em papéis da instituição, conhecida por oferecer remunerações generosas nos CDBs para atrair investidores. Agora, a Oncoclínicas fechou um acordo para resgatar esses valores, o que deve ocorrer em 20 parcelas entre outubro deste ano e maio de 2027.
Segundo o fato relevante, houve uma renegociação das regras de devolução do investimento. Fontes ouvidas recentemente pelo Money Times apontaram que o cronograma terminaria no final desse ano.
O acordo entre a Oncolínicas e o Banco Master mantém a taxa de remuneração dos CDBs, mostra o documento, embora sem especificar qual é.
Também sem especificações, a Oncoclínicas afirma que existem determinados eventos de vencimento antecipado, que, se ocorrerem, tornam o valor investido nos CDBs automaticamente resgatável em sua totalidade. Ou seja, há cláusula de “gatilho” que viabiliza o resgate.
Braskem (BRKM5) responde a questionamento da CVM sobre denúncia ligada a Maceió
A Braskem (BRKM5) informou ao mercado que está ciente de denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas, relacionada à exploração de sal-gema que levou ao afundamento de bairros em Maceió.
Em esclarecimento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre por que a informação não configurou fato relevante, a petroquímica justificou que ainda não teve acesso ao conteúdo da denúncia, que tramita sob segredo de Justiça.
O pedido de prestação de contas pela CVM ocorreu após a revista CartaCapital ter noticiado que o MPF apresentou denúncia contra a empresa e 15 pessoas por crimes relacionados à exploração de sal-gema em Maceió.
A companhia destacou que vem divulgando atualizações a respeito do inquérito da Polícia Federal em Alagoas em suas demonstrações financeiras anuais e informações trimestrais (ITR), por meio da nota explicativa “Evento geológico – Alagoas”.
ANP leiloa sete blocos de petróleo no pré-sal e Petrobras (PETR4) tem direito de preferência em bloco de Jaspe
O governo vai leiloar sete blocos de exploração de petróleona região do pré-sal nesta quarta-feira (22). O processo vai ser conduzido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e 15 empresas estão habilitadas a participar da concorrência pública, entre elas a Petrobras (PETR4).
A sessão pública do 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP) está marcada para iniciar às 10h, na sede da ANP, no Rio de Janeiro.
As OPPs são o meio pelo qual o governo oferece às empresas blocos exploratórios no polígono do pré-sal ─ onde estão as maiores reservas de petróleo conhecidas no país ─ e de outras áreas consideradas estratégicas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão multiministerial de assessoramento da Presidência da República.
A oferta permanente pôs em disputa até 13 blocos, mas as empresas manifestaram interesse em participar da concorrência de apenas sete deles, nas bacias de Santos e Campos, no litoral do Sudeste.
Valid Soluções (VLID3) pagará R$ 78,3 milhões em JCP
A Valid Soluções (VLID3) anunciou na noite desta terça-feira (21) a aprovação do conselho de administração do pagamento de R$ 78,3 milhões em aos acionistas em juros sobre capital próprio (JCP).
De acordo com comunicado ao mercado, o montante corresponde a R$ 1,00 por ação, a ser contabilizado como parte do dividendo mínimo obrigatório de 2025, considerando a quantidade atual de 78.291.548 ações ordinárias, das quais já foram excluídas as ações em tesouraria, diz a empresa.
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De acordo com a Valid, os juros sobre o capital próprio aprovados neste item serão pagos com base na composição acionária de 28 de novembro de 2025.
A empresa informa ainda que o pagamento terá ainda o desconto da “parcela relativa ao Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) equivalente a 15%”.
Minerva (BEEF3) aprova aumento de capital após bônus de subscrição
O Minerva Foods (BEEF3) aprovou nesta terça-feira (21) o aumento de capital social da companhia em virtude do exercício de seus bônus de subscrição.
Com isso, a empresa sai de R$ 3,131 bilhões divididos em 999.977.699 ações para R$ 3,132 bilhões divididos em 1.000.066.042 ações.
Um aumento no valor de R$ 456 mil, mediante emissão de 88.343 novas ações ordinárias com preço de emissão de R$ 5,17.
O exercício do bônus subscrição ocorreu entre os dias 12 de setembro de 2025 a 16 de outubro de 2025.
JSL (JSLG3) anuncia novo CEO a partir de janeiro de 2026
A JSL (JSLG3) comunicou nesta terça-feira (21) que seu Conselho de Administração elegeu Guilherme de Andrade Fonseca Sampaio para assumir, interinamente, o cargo de CEO a partir de 1º de janeiro de 2026, em substituição a Ramon Peres Martinez Garcia de Alcaraz.
O processo de transição terá início em 1º de novembro e se estenderá por 60 dias, sob a condução de Alcaraz, que permanecerá como acionista e conselheiro consultivo a partir de 2 de janeiro de 2026.
Netflix (NFLX34) culpa Brasil por resultado abaixo do esperado no 3T25
A Netflix (NFLX34) afirmou nesta terça-feira (21) que não atingiu metas de Wall Street para o resultado do terceiro trimestre devido a uma despesa inesperada decorrente de uma disputa tributária no Brasil e divulgou uma previsão de resultado um pouco acima das projeções de Wall Street para o restante do ano.
O serviço de streaming divulgou teve lucro líquido de US$ 2,5 bilhões e um lucro diluído por ação de US$ 5,87 de julho a setembro, período em que a animação “K-Pop Demon Hunters” se tornou o filme mais assistido da história da Netflix. Analistas esperavam US$ 3 bilhões de lucro para a empresa no período, o equivalente a US$ 6,97 por ação, de acordo com a LSEG.
A receita da companhia veio em linha com as projeções, a US$ 11,5 bilhões.
Heineken anuncia venda menor de cerveja em 2025
A cervejaria holandesa Heineken alertou nesta quarta-feira (22) que suas vendas de cerveja em 2025 irão cair, à medida que os desafios macroeconômicos se agravam, rebaixando ainda mais suas projeções de volume em relação ao trimestre anterior, uma revisão pela qual já havia sido penalizada.
A segunda maior cervejaria do mundo, junto com suas concorrentes, vem enfrentando dificuldades há anos para restaurar o crescimento fraco de volumes. Embora as cervejarias tenham conseguido em grande parte compensar as quedas com aumentos de preços, os investidores estão cada vez mais focados na quantidade de cerveja vendida.
As ações da Heineken caíram mais de 8% em julho quando a empresa alertou que os volumes anuais ficariam estáveis, ao invés de crescer. Nesta quarta-feira, afirmou que espera que o volume “caia modestamente” em 2025.
*Com informações da Reuters e Agência Brasil