Mercados

Radar do mercado: O que importa para a bolsa hoje, segundo 4 analistas

17 jan 2022, 9:59 - atualizado em 17 jan 2022, 9:59
Banco central da China
BC chinês decidiu pela redução da chamada taxa de empréstimos de médio prazo, de 2,95% para 2,85%, como forma de impulsionar a retomada da economia. (Imagem: REUTERS/Jason Lee/File Photo)

Em dia sem negociação nos Estados Unidos por causa do feriado de Martin Luther King Jr, os mercados devem repercutir os dados da economia chinesa, segundo relatórios de abertura das corretoras nesta segunda-feira (17).

O Ibovespa futuro caía 0,46% pela manhã, com alta de 0,6% na Europa. Na China, o índice CSI 300 encerrou o pregão com avanço de 0,9%, impulsionado por surpresa positiva do PIB do país, que cresceu 4% no último trimestre de 2021.

Veja o que esperar do mercado nesta segunda, de acordo com quatro corretoras.

Commcor: Afrouxamento de política monetária

A Commcor diz que o destaque do dia é China, não apenas pelos importantes indicadores divulgados ontem, “mas também por algumas inesperadas medidas de afrouxamento da política monetária pelo PBoC (o banco central do país)”.

O BC chinês decidiu pela redução da chamada taxa de empréstimos de médio prazo, de 2,95% para 2,85%, como forma de impulsionar a retomada da economia. A autoridade monetária também cortou em 1 ponto base a taxa de recompra reversa de 7 dias, agora a 2,1%.

O posicionamento, segundo a Commcor, vai diretamente na contramão dos observados pelo Fed, BoE na Inglaterra e o BCE na Europa, “todos esses em claro combate à realidade de tracionada inflação”.

“A abertura local deve acompanhar o sentimento positivo do exterior, tendo como destaque o IGP-10 em alta de 1,79%, acima do avanço de 1,61% esperado”, destaca.

A corretora lembra ainda que o Focus trouxe modestas elevações no IPCA 2022, de alta de 5,03% para avanço de 5,09% e manutenção das expectativas para Selic de 11,75% ao fim deste ano e 8% ao fim de 2023.

XP: Senado dos EUA em foco

Segundo a XP Investimentos, nos EUA direitos de voto e as regras do Senado permanecem em foco na agenda parlamentar e cresce a pressão no Congresso por nova rodada de auxílio.

O líder da maioria democrata na Casa, Chuck Schumer, afirmou que o recesso planejado para terça-feira (19) deve ser postergado para trazer os temas à pauta, lembra a corretora. No entanto, sem apoio dos senadores Joe Manchin e Krysten Sinema, a expectativa segue sendo negativa para aprovação.

“Reiteramos que a nova aposta de Biden reflete a dificuldade de seu governo em avançar pautas no Congresso, mesmo com maioria nas duas Casas”, diz a XP. “Nesse contexto, crescem as preocupações no partido democrata sobre a eleição parlamentar de novembro”.

A corretora destaca que, em paralelo, cresce a pressão no Congresso por nova rodada de auxílio em meio a nova onda de covid-19.

BB Investimentos: Incerteza no funcionalismo público

O BB Investimentos sublinha que as atenções dos agentes seguem voltadas para o ambiente de incertezas gerado pela pressão do funcionalismo público federal por reajustes salariais.

“O tema segue gerando preocupações por possíveis novos impactos nas contas públicas e eventuais pressões inflacionárias, dado que já há sinalizações de paralização de algumas categorias a partir da próxima semana (18)”.

No mais, segundo o banco, seguem no radar a provável pressão política por mais gastos em um ano eleitoral, os receios de aumento de despesas provocadas por uma nova onda da pandemia e o noticiário em torno do Orçamento de 2022 que precisa ser sancionado ou vetado até a próxima sexta (21).

Para o BB, os ativos devem apresentar volatilidade e operar mistos, com o Ibovespa em alta, seguindo o movimento das demais bolsas globais e commodities. Já o dólar e a curva de juros devem apresentar um viés de cautela diante dos fatores domésticos, diz.

Rico: Orçamento e inflação

A Rico comenta que no Brasil o assunto é orçamento ou inflação. “Jornais leves no final de semana repercutiram o fim do congelamento do ICMS sobre combustíveis, anunciado por governadores na sexta-feira, e que entrará em prática a partir de fevereiro”.

A corretora diz que a expectativa é que medida gere leve alta de preços dos combustíveis.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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