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Radar do mercado: O que importa para a bolsa hoje, segundo 5 analistas

13 dez 2021, 9:34 - atualizado em 13 dez 2021, 9:35
Operador trabalha diante de tela com trasmissão de fala do chair do Fed, Jerome Powell
(Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

A expectativa sobre a agenda semanal, com decisões de política monetária em ao menos 20 países, é o destaque dos relatórios de abertura de mercado das corretoras nesta segunda-feira (13).

O Ibovespa futuro subia 0,35%, aos 109 mil pontos, por volta das 9h10, após os mercados globais começarem o dia levemente positivos, com Estados Unidos em alta de 0,4% e Europa avançando 0,6%.

Os investidores esperam pela decisão ao longo da semana, entre outros, do Federal Reserve, do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra.

Na China, a bolsa atingiu a máxima dos últimos três meses, com alta diária de 0,6%, com a política monetária mais acomodativa com foco no crescimento do país.

Veja o que esperar dos mercados nesta segunda, de acordo com alguns dos principais analistas do país:

Commcor: Cautela pré-Fed

A Commcor diz que independente das particularidades de um taper mais agressivo – redução de estímulos do Fed na economia norte-americana –, o mercado deve se debruçar nas sinalizações no âmbito da elevação dos juros, a qual segue trabalhando com a chamada Zirp (zero interest rate policy), com banda de 0% a 0,25%.

“De um modo geral, mas ainda assim não sendo uma regra, o presidente do Fed, Jerome Powell, vem reforçando que a ideia é iniciar a elevação dos juros apenas quando findar o programa de compras de ativos”, diz.

Para a corretora, a decisão, que será anunciada na quarta, influencia uma cautela maior do que a usual.

Terra: Atento aos BCs

A Terra Investimentos diz que o mercado segue atento para reunião de diversos bancos centrais.

“No Reino Unido, Boris Johnson alertou que o país está enfrentando uma ‘onda’ de infecções por Ômicron e definiu um prazo até o final do ano para o programa de reforço de vacinação em todo o país”.

“Além disso, ministros das Relações Exteriores do G7 alertaram a Rússia para diminuir suas atividades na Ucrânia ou enfrentar “consequências massivas”, diz.

XP: Agenda de indicadores

A XP Investimentos destaca a divulgação dos dados de inflação ao produtor nos EUA e inflação ao consumidor na Zona do Euro referentes a novembro, além de indicadores de atividade econômica na China (novembro) e na Zona do Euro (outubro).

“No Brasil, a autoridade monetária deverá divulgar o Relatório Trimestral de Inflação, nesta quinta (16)”, lembra a corretora. O Banco Central do Brasil também divulga a Ata da última reunião do Copom.

Genial: Limpando as gavetas para o recesso parlamentar

A Genial Investimentos destaca que esta será “provavelmente” a última semana de 2021 antes do recesso parlamentar que, normalmente, começa entre os dias 20 e 23 de dezembro. “Será uma semana bastante ativa no Congresso. Vários projetos estão em discussão e devem ser votados antes do recesso”, diz.

A corretora lembra que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, se comprometeu a colocar em votação no plenário da casa a parte da PEC dos Precatórios que foi modificada no Senado e que teve de voltar para votação na Câmara.

“Estarão ainda em votação o novo marco regulatório das ferrovias, a BR do Mar, que, se aprovados, irão para a sansão do Presidente da República, além do projeto do Orçamento de 2022”, diz.

Rico: Commodities em alta

A Rico sublinha o avanço de 0,7% do petróleo, para US$ 75,7/bbl, e a alta do futuro do minério de ferro a 6,7%. Grãos operam mistos, destaca a corretora.

Segundo a casa, as commodities sobem com a perspectiva de a China adotar mais medidas de estímulos monetários.

“Além disso, é esperado que complementem os estímulos com mais impulso fiscal, com membros do partido afirmando que precisam manter a economia crescendo em ritmo estável”.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.