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Raia Drogasil prova que está à frente de seus pares e BB eleva recomendação para compra

28 out 2020, 16:35 - atualizado em 28 out 2020, 16:52
Drogasil
O BB revisou o preço-alvo da companhia para R$ 31,40 (antes R$ 22,20) até o final de 2021, potencial de valorização de 20,4% (Imagem: Linkedin/Drogasil)

O resultado da Raia Drogasil (RADL3) agradou os analistas do BB Investimentos. Para a corretora, os números comprovaram a resiliência da empresa, mesmo em períodos de crise. No ano, as ações da companhia subiram 17,3%.

“Ao nosso ver, essa valorização se deve, em parte, a sua capacidade de execução superior aos seus concorrentes, dada sua habilidade de manter uma expansão acelerada combinada com manutenção de rentabilidade”, afirmou os analista Georgia Jorge.

Com isso, o BB revisou o preço-alvo da companhia para R$ 31,40 (antes R$ 22,20) até o final de 2021, potencial de valorização de 20,4%, e alterou a recomendação de neutra para compra.

“Nossa aposta é de que a Raia Drogasil deverá continuar sustentando essas vantagens competitivas frente à concorrência”, pontuou.

Resultados

A Raia Drogasil teve lucro líquido de R$ 174,7 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 19,5% em relação ao mesmo período anterior. A receita bruta atingiu R$ 5,4 bi, um aumento de 12,8% em comparação ao ano passado e 5,4% superior às expectativas do BB.

Excluídas as lojas de shoppings, o crescimento de vendas mesmas lojas teria sido de 10,6%, ante 6,7% reportados pela Drogasil.

“As vendas foram impactadas negativamente pela Covid-19, em especial em decorrência das restrições no horário de funcionamento das lojas de shoppings”, diz o analista.

Já a margem bruta teve um ligeiro aumento na comparação anual favorecida pelo efeito de pré-alta, mas impactado por maiores investimentos em promoções.

Outro ponto que recebeu elogios foi o e-commerce, que ganhou ainda mais importante com a pandemia. Houve um
incremento das vendas desse segmento, que atingiu 7,1% do total neste trimestre, 4,6 pontos percentuais superior ao observado no ano anterior.

“A pequena alta de margem bruta, contudo, foi consumida pelo incremento das despesas gerais e administrativas
superior ao crescimento da receita, em função dos investimentos em estrutura digital”, observou.

Mirando para o futuro

Para os próximos trimestres, o analista aposta na abertura de lojas (a empresa pretende abrir 240 novos estabelecimentos em 2021 e 2022), maior expansão geográfica e o desenvolvimento da estratégica omnicanal, buscando agregar cada vez mais conveniência aos seus clientes.

Porém, Jorge também aponta alguns riscos, como o aumento da concorrência em decorrência da capitalização e crescimento de vendas abaixo do esperado.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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