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Raízen (RAIZ4): Para o Safra, venda de ativos não resolve alavancagem

08 dez 2024, 9:49 - atualizado em 08 dez 2024, 9:54
raízen raiz4
(Imagem: Raízen/Divulgação)

Apesar de enxergar a venda de ativos pela Raízen (RAIZ4) como positiva, por serem ativos non core, o Banco Safra vê poucos efeitos com a possibilidade da venda do pacote de R$ 1 bilhão em usinas na história de alavancagem da companhia.

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A venda também permitiria a companhia focar em projetos estratégicos, como o E2G e no avanço da produtividade agrícola. “A alavancagem atual é de 2,6x, com uma dívida líquida de R$35,9 bilhões, portanto, a entrada líquida de caixa de R$1,0 bilhão terá pouco efeito na métrica de alavancagem”, apontam Yuri Machado e Roberto Pasqualini.

Para a instituição, a venda terá mais impacto no incremento do Ebitda, principalmente com as vendas de etanol no final da safra/entressafra, e redução do nível de investimento, com expectativa de cair 13% na comparação safra atual vs. safra 23/24.

Vale destacar que o preço do etanol continua em trajetória ascendente, cuja paridade média com a gasolina aproxima-se de 70%. Além disso, o preço de exportação do açúcar continua favorável e a companhia fixou o preço de venda (acima do valor futuro em NY) para 60% do volume da safra 25/26. O estoque de etanol da Raízen está elevado, o que aumentou a pressão sobre o capital de giro.

Nos próximos trimestres, as vendas devem vir mais fortes, o que, somado ao preço do biocombustível e às vendas consistentes do açúcar a preço favorável, contribuirão para um resultado operacional robusto e alívio na alavancagem.

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A história de alavancagem da Raízen

Ao final do 2T24/25 a Raízen detinha uma dívida bruta de R$49,7 bilhões, sendo 23% vencendo no curto prazo e 77% no longo prazo. A dívida era composta por 65% em moeda estrangeira (US$, EUR, ARS), com o restante estando em moeda local. Cerca de 80% da dívida possui linhas de hedge, ao passo que cerca de 35% das vendas são provenientes de exportações.

O Safra vê uma situação adequada para liquidez, ainda que pressionada pelos vencimentos da dívida. As fontes de financiamento no curto prazo são: saldo de caixa e equivalentes de R$ 12,4 bilhões e Ebitda (aqui utilizado como estimativa para geração operacional de caixa) anual com potencial de superar R$ 15 bilhões.

Por outro lado, a dívida de curto prazo totaliza R$11,5 bilhões e Capex de manutenção estimado entre R$ 5 bilhões – R$6 bilhões. A situação fica mais confortável considerando fontes de caixa os instrumentos financeiros de +R$1,4 bilhão e estoques de açúcar e etanol prontos para uso de cerca de +R$ 7,6 bilhões (valorado a custo).

A Raízen ainda detém linhas de crédito rotativos contratadas e não utilizadas que somam US$ 1 bilhão com vencimentos entre 2026 e 2027

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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