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Raízen (RAIZ4) vai investir R$ 20 bilhões em usinas E2G até 2031; investidor deve se animar com a notícia?

25 maio 2022, 16:41 - atualizado em 25 maio 2022, 16:41
Raízen
Analista da Fernando Guerreiro, da Safari Investimentos, ficou empolgado as expectativas da empresa  (Imagem: Raízen/Divulgação)

A Raízen (RAIZ4) vai investir R$ 20 bilhões em usinas E2G até final do ano safra 2030 e 2031, informou a companhia em entrevista coletiva nesta quarta-feira (25).

O investimento significa um aumento de 20 unidades até ano safra 2030 e 2031, totalizando uma produção mínima de 2,5 plantas por ano. A companhia possui três plantas em construção, que tendem a ficar prontas no ano safra de 2023 e 2024.

Ao ser questionado sobre a viabilidade da construção dessas plantas, o CEO da companhia, Ricardo Mussa, disse que a empresa está confortável com duas plantas por ano.

“Claro que esse é valor mínimo e que devemos acelerar, mas é algo que vale a pena, visto a forte demanda e o prêmio muito bom que o E2G oferece”, explica.

Segundo a Raízen, cada planta exige um investimento de cerca de R$ 1 bilhão,  as 20 unidades totalizam os R$ 20 bilhões citados inicialmente.

A capacidade de cada planta é de 82 milhões de litros, totalizando 1,6 bilhão de litros produzidos por ano com as 20 plantas em funcionamento. Outro ponto é que a empresa diz que pretende melhorar a sua eficiência produtiva.

“Vamos aumentar a produtividade potencial em 11 bilhões de tonelada por hectar até a safra 2025 e 2026 com uma possível redução de custo de R$ 1 bilhão em custo por safra”, diz Francis Queen, VP de açúcar e Renováveis da Raízen.

Com isso, a companhia quer chegar no ano safra 2025 e 2026 com uma produção consolidada de 83 bilhões de toneladas. Queen comenta que a melhora viria com a revisão dos processos de plantio e trato e processos de controle de qualidade.

Raízen vai conseguir bater essas metas?

Segundo o analista Fernando Guerreiro, da Safari Investimentos, a empresa apresentou bons motivos para animar os investidores no longo prazo e os planos parecem plausíveis, mesmo que sejam desafiadores.

“Olhando para frente a perspectiva parece bastante favorável para companhia e a execução está sendo muito boa com novos contratos G2G e biogás. A execução de marketing e serviços, que é basicamente a rede de postos, está sendo muito positiva também, principalmente em relação aos competidores nacionais”, afirma Guerreiro, da Safari.

A companhia justifica esses investimentos na tentativa de melhorar os números apresentados no balanço do trimestre.

A empresa teve um lucro líquido de R$ 316 milhões no último trimestre, abaixo do esperado por analistas do BTG Pactual, por causa de maior depreciação e ganhos não-caixa menores do que o esperado com a valorização do real.

No entanto, o banco já havia divulgado em relatório que possui grandes expectativas para o futuro, principalmente após a empresa divulgar o guindance do Ebitda, que deve ficar entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões no ano safra 2022 e 2023.

“Acreditamos que há muito mais crescimento nos próximos anos, não apenas dos novos projetos de energia renovável (avaliados em torno de R$ 4/ação), mas também de uma maior diluição de custos, pois a Raízen melhora a produtividade da cana-de-açúcar, mantendo a execução orientada ao retorno no segmento de downstream”, colocou o banco após a divulgação do resultado da companhia.

Por fim, a Raízen disse que pretende manter o pagamento de dividendos com um pay out de 55% a 60%, com uma alavacagem entre 1,5 vezes e 1,7 vezes.

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Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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