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Rali de alta do suco de laranja ainda tem fôlego com a quebra brasileira se consolidando

16 mar 2021, 15:58 - atualizado em 12 abr 2021, 13:45
Laranja-agronegócio
Quebra acentuada da safra de laranja brasileira devem sustentar mais preços em Nova York (Imagem: Marcos Issa/Bloomberg)

O suco de laranja assegura preços em elevação contínua desde o dia 5 de maio, em rali que demonstra a força que a formidável quebra da oferta brasileira vai gerar.

O contrato maio, driver em Nova York, saltou dos 112,10 para os 119,40 desta terça (16). Só no pregão de hoje avançou praticamente 2% sobre a sessão da véspera.

E tem fôlego para mais, segundo o produtor consultor Maurício Mendes, diante do que ele classifica “a mais difícil de todas as safras” (inclusive nome de artigo recente).

O Cinturão Citrícola, formado por São Paulo e um pouco do Triângulo Mineiro, praticamente berço de tudo que sai para as esmagadoras brasileiras, terá uma quebra de 30% na laranja sobre a safra 19/20. É muita laranja fora de produção. Serão, aproximadamente, 269 milhões de caixas, pelo último levantamento da Fundecitrus, de janeiro.

Mendes recorda que a seca sobre as floradas do começo do segundo semestre do ano passado, floradas tardias, aumento da incidência do greening, formam o pacote da tempestade perfeita sobre os laranjais.

“E que vai deixar a próxima safra [21/22] igual a esta”, complementa o consultor. As severas condições climáticas praticamente eliminaram a tradicional alternância de safra boa, safra ruim.

Para completar o apoio dos fundamentos sobre os preços na bolsa nova iorquina, também haverá perdas substanciais dos pomares americanos, após o frio polar que atingiu até mesmo o Texas. Prejudicou, inclusive, a produção do México, cuja laranja segue para os Estados Unidos sem imposto algum.

Enquanto isso, as perspectivas de consumo melhorando na esteira da vacinação, ao menos nos Estados Unidos, completam o quadro.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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