Reag Investimentos (REAG3) se retrata e diz que discussão com Galapagos “não foi adiante” por falta de interesse

A Reag Investimentos (REAG3) publicou uma retratação nesta terça-feira (2) após ameaça da Galapagos Capital, que se viu citada como estando em negociações sobre ativos com a companhia que na semana passada foi um dos alvos de megaoperação da Polícia Federal sobre lavagem de dinheiro.
Reportagem do jornal O Globo nesta terça-feira afirmou que a Reag mantinha negociações com a Galapagos Capital, mas a empresa de investimentos fundada em 2019 negou a informação em comunicado à própria Reag afirmando que tomará “todas as medidas legais cabíveis”.
“A Galapagos Capital reitera que não está envolvida e que não tem interesse em qualquer negociação e/ou tratativa para aquisição da Reag Investimentos, de suas afiliadas e/ou de quaisquer de seus ativos”, afirmou a empresa em notificação extrajudicial enviada à Reuters.
A Reag chegou a publicar um comunicado ao mercado às 17h52 desta terça-feira, pouco após o fechamento do pregão, citando que entre os interessados em seus ativos estava a Galapagos.
Porém, às 21h03 a empresa presidida por Dario Graziato Tanure voltou atrás, e afirmou em um “complemento” ao comunicado anterior que uma “conversa preliminar com a Galapagos Capital, iniciada pelo grupo Reag, não foi adiante em razão de ausência de interesse da Galapagos“.
“Inexiste, portanto, qualquer negociação em curso com a Galapagos Capital envolvendo a companhia”, afirmou a Reag no complemento, publicado depois que a empresa citou em pedido de esclarecimento da CVM que “vem nos últimos dias discutindo com diversos participantes do mercado, incluindo a Galapagos Capital, uma possível alienação do seu bloco de controle”.
Na semana passada, vários órgãos públicos, incluindo a PF, promoveram uma megaoperação em 10 Estados que mirou sobre um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, com participação de fundos de investimento e fintechs acusados de receberem recursos que têm ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A Reag confirmou na ocasião que sua sede foi alvo de mandado de busca e apreensão e que estava colaborando com as autoridades.