Reag (REAG3) derrete mais de 21% com megaoperação na Faria Lima

As ações da Reag Investimentos (REAG3) derretem na bolsa brasileira nesta quinta-feira (28) e lideram a ponta negativa da B3.
Negociadas fora do Ibovespa, REAG3 registrou queda de 17,55%, a R$ 3,10, na abertura das negociações. Instantes depois, as ações entraram em leilão por oscilação máxima permitida e as negociações foram retomadas por volta de 11h40, com baixa de 21,54%, a R$ 2,95.
A Reag, considerada uma das maiores administradoras de recursos do país, é um dos 350 alvos de uma megaoperação envolvendo as polícias Federal, Civil e Militar, além do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e do Ministério Público Federal (MPF) realizada na manhã de hoje na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, centro financeiro paulista.
Segundo as investigações, foram identificadas irregularidades em várias etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis no Brasil.
Cerca de 1.000 postos de combustíveis vinculados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) teriam movimentado R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, e os criminosos teriam sonegado mais de R$ 7 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais.
Ainda de acordo com a investigações, pelo menos 40 fundos, que juntos somam patrimônio de R$ 30 bilhões, são suspeitos de terem sido usados pelo PCC como estrutura para ocultação de patrimônio.
“Operações financeiras realizadas por meio de instituições de pagamento (fintechs), em vez de bancos tradicionais, dificultavam o rastreamento dos valores transacionados. Por fim, o lucro auferido e os recursos lavados do crime eram blindados em fundos de investimentos com diversas camadas de ocultação para impedir a identificação dos reais beneficiários”, afirmou a Receita Federal.
O que diz a Reag?
Em fato relevante divulgado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Reag Investimentos e a Companhia Brasileira de Serviços Financeiros (CIABRASF) afirmaram que estão colaborando integralmente com as autoridades, fornecendo informações e os documentos solicitados.
“As companhias permanecerão à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários”, diz o documento.