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Recessão no Brasil em 2020 já é admitida por JPMorgan e Goldman Sachs; Credit Suisse revisa para variação zero

18 mar 2020, 18:25 - atualizado em 18 mar 2020, 20:52
JPMorgan Bancos Empresas
O mais conservador é o JPMorgan, que projeta declínio de 1,0% no PIB em 2020 (Imagem: Reuters/Amr Alfiky)

Os bancos JPMorgan e Goldman Sachs passaram a prever contração da economia brasileira neste ano, com o PIB afetado pelos efeitos globais do coronavírus.

O mais conservador é o JPMorgan, que projeta declínio de 1,0% no PIB em 2020 (ante expectativa anterior de crescimento de 1,6%), com uma “profunda recessão” no primeiro semestre.

O banco espera retração de 3,5% da economia no primeiro trimestre deste ano ante os três meses anteriores (com ajuste sazonal), devido sobretudo ao golpe contra o PIB global e a temores do coronavírus no país.

Já no segundo trimestre o JPMorgan calcula um tombo de 10%, à medida que os efeitos de baixa da disseminação do coronavírus e as medidas para conter o surto, junto com o aperto nas condições financeiras e uma recessão globais, terão um “papel crucial”.

“Julgamos que o segundo trimestre poderia ser ainda pior, mas as medidas fiscais anunciadas por autoridades devem suavizar os efeitos”, disse o banco em relatório.

O Goldman Sachs também cortou sua projeção para a economia em 2020, de expansão de 1,5% para contração de 0,9%.

“A combinação de demanda externa por bens e serviços em declínio, piora dos termos de troca, aperto significativo das condições financeiras domésticas e impacto econômico das medidas em rápida escalada para lidar com o surto de Covid-19 dentro das fronteiras nacionais, nos levaram a revisar ainda mais para baixo nossas perspectivas para as economias” da América Latina, disse o Goldman também em relatório.

Goldman Sachs
O Goldman Sachs também cortou sua projeção para a economia em 2020, de expansão de 1,5% para contração de 0,9% (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Nesta quarta-feira, o UBS baixou a 0,5% sua expectativa de crescimento para o PIB brasileiro neste ano, depois de uma taxa já revisada para baixo de 1,3% (contra 2,1% antes).

Na véspera, o Credit Suisse havia reduzido sua projeção de expansão de 1,4% para zero.

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