Meio Ambiente

Recuperação da pandemia levará emissões a máximas históricas, diz agência de energia

20 jul 2021, 10:53 - atualizado em 20 jul 2021, 10:53
Poluição
A agência de energia disse que o valor representa cerca de um terço do que imagina ser necessário para colocar o mundo na direção de alcançar emissões líquidas zero até metade do século (Imagem: Pixabay/Foto-Rabe)

A recuperação mundial da pandemia de Covid-19 está a caminho de conduzir as emissões de gases de efeito estufa, que alimentam as mudanças climáticas, a máximas históricas, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) com sede em Paris, em um relatório nesta terça-feira.

“Estimamos que a implementação total e a tempo das medidas de recuperação econômica anunciadas até o momento resultaria em emissões de CO2 subindo para níveis recordes em 2023, continuando a aumentar depois disso”, disse o documento.

Os planos de gastos para energia limpa alocados por governos em todo o mundo no segundo trimestre somam 380 bilhões de dólares, o que representa apenas 2% do total de seus fundos de estímulo de resposta à pandemia, disse a IEA.

A agência de energia disse que o valor representa cerca de um terço do que imagina ser necessário para colocar o mundo na direção de alcançar emissões líquidas zero até metade do século.

“As somas de dinheiro, público e privado, mobilizadas em todo o mundo pelos planos de recuperação ficam muito aquém do que é necessário para atingir as metas climáticas internacionais”, escreveu o chefe da IEA, Fatih Birol.

“(Os países) devem ir ainda mais longe, levando o investimento e a implantação de energia limpa a patamares muito maiores além do período de recuperação, a fim de levar o mundo a um caminho de emissões líquidas zero até 2050, o que é pequeno, mas ainda possível –se agimos agora”, acrescentou.

As emissões devem ser 3,5 bilhões de toneladas a mais do que o limite necessário para atingir essa meta, disse a IEA nesta terça-feira.

Dois terços dos 380 bilhões de dólares destinados à energia limpa devem ser gastos até 2023 e quase todo o restante utilizado até 2030, contribuindo para um rápido declínio ao longo da década, com os gastos em 2030 caindo para menos de um vigésimo do valor alcançado em 2021.

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reuters@moneytimes.com.br

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