Recuperação judicial na Raízen (RAIZ4)? Empiricus não enxerga pressão de liquidez que justifique proteção a credores

A Raízen (RAIZ4) reforçou que não está considerando qualquer forma de reestruturação de dívida, pedido de recuperação judicial ou extrajudicial na última sexta-feira (10). Os rumores surgiram em meio ao movimento de um grande investidor que desmontou uma posição de títulos de dívida externa (bonds), o que fez com que as ações caíssem.
Segundo a analista da Empiricus Research, Larisssa Quaresma, os rumores sobre uma possível recuperação judicial não procedem. A Empiricus recomenda compra para a holding Cosan (CSAN3).
“Vemos uma dívida líquida em torno de R$ 40 bilhões e a Raízen numa agenda de desinvestimentos e venda de ativos. No total, isso deve levantar entre R$ 10 – 15 bilhões, sendo que a companhia já vendeu R$ 5 bilhões.”.
- Ibovespa respira após turbulência no exterior com tensões entre EUA e China; Assista ao Giro do Mercado de hoje e fique por dentro:
No Giro do Mercado desta segunda (13), Quaresma reforçou que a empresa fez um trabalho de alongamento da sua dívida no final do ano passado, de forma que não há nenhuma amortização prevista para este ano-safra.
“Todas as amortizações foram jogadas para o próximo ano-safra (2026/2027), quando a companhia deve estar com um balanço mais saudável. Não existe essa pressão de liquidez no curto prazo que traria uma necessidade de proteção a credores. A Raízen já reestruturou sua dívida sem precisar passar por uma RJ”.
De acordo com a analista, o início participação do BTG Pactual e Perfin na Cosan apontam para uma melhor perspectiva da recuperação operacional das subsidiárias do grupo, como é o caso da Raízen.