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Recusa de Furlan causa novo impasse entre Abílio Diniz e fundos de pensão na BRF

05 abr 2018, 11:47 - atualizado em 05 abr 2018, 11:47

Investing.com – A decisão do ex-ministro do Desenvolvimento e ex-presidente da Sadia, Luiz Fernando Furlan, de rejeitar assumir o conselho de administração da BRF (BRFS3) até a realização da assembleia no próximo dia 26 frustrou os planos do atual titular do conselho, Abílio Diniz.

O nome de Furlan era uma das exigências de Diniz para a assinatura de um acordo com os fundos de pensão Petros e Previ. A expectativa era que o impasse fosse resolvido logo, mas a negativa acabou inviabilizando o acerto. As informações são da Folha de S. Paulo.

Apesar disso, Abílio deve mesmo renunciar à presidência do conselho. Com 4% de participação na BRF, o executivo deverá agora indicar dois nomes para fazer parte do conselho. A concessão é uma contrapartida aceita pelos fundos, que detém 22% do capital da companhia.

Uma das possibilidades é a indicação de Augusto Marques da Cruz Filho, ex-CEO do Pão de Açúcar (PCAR4) e presidente do conselho da BR Distribuidora (BRDT3), assumisse seu assento no conselho. Na nova chapa proposta pelos fundos, Cruz Filho deve ser o próximo presidente.

O maior problema estaria em um impasse jurídico, já que o acordo para voto é entre os acionistas da Península (holding da família Diniz), Petros e Previ, enquanto o presidente do conselho é eleito pelos demais conselheiros.

Sendo assim, a saída natural seria que Francisco Petros, atual vice-presidente do conselho assumisse, situação não aceita pelo Abílio. Ainda de acordo com o jornal, os dois executivos discutiram seguidas vezes nos últimos meses.

As ações da BRF são negociadas em alta de 0,56% a R$ 23,19, depois de registrar queda de 0,39% na sessão de ontem.

O Conselho de Administração da BRF aprovou no início de março a convocação da Assembleia Geral Extraordinária, atendendo à solicitação da Previ e do Petros. Os fundos de pensão dos funcionários do Banco do Brasil e da Petrobras desejam uma total modificação no conselho da companhia.

A proposta que será levada aos acionistas no dia 26 de abril envolve a destituição de todos os membros do conselho, aprovação do número de 10 membros para o colegiado e a eleição de novos presidente e vice-presidente do conselho. No mesmo dia, também vai acontecer a Assembleia Geral Ordinária, que originalmente estava agendada para o dia 4 de abril.

Por Investing.com

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