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Rede de lavanderias inova com autoatendimento e fatura R$ 8 milhões em 2021; veja como adquirir uma franquia

14 jan 2022, 11:40 - atualizado em 14 jan 2022, 16:17
Lavô
Lucro do franqueador da Lavô chegou a R$ 2,4 milhões em 2021 (Imagem: Divulgação/Lavô)

A rede lavanderias Lavô nasceu em meio a uma dificuldade de uma amiga de Ângelo Donaton, a qual se viu perdida em uma viagem de seis meses pela América do Sul, onde não encontrou nenhum lugar para lavar sua roupa e teve que usar um tambor com água e sabão no porta-malas do carro para lavar as vestimentas na estrada.

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Diante do problema, ele pensou em como poderia diminuir o custo de uma lavanderia tradicional. Foi nesse momento que surgiu a Lavô, que, só no ano passado, faturou R$ 8 milhões.

A companhia possui um modelo de negócio sem custos com funcionários e folha de pagamento, pois é voltada para o autoatendimento.

“O cliente chega, pesa a roupa dele no cesto, coloca na máquina, faz o pagamento pelo autoatendimento, ativa a máquina que ele escolheu para lavar a roupa e espera a conclusão da lavagem. Se ele quiser secar, ele troca para secadora, faz o mesmo processo da lavagem, e depois vai embora para casa”, explica o empresário em entrevista ao Money Times.

O empreendedor comenta que a estruturação do negócio começou em 2018 e a Lavô passou a ser uma franquia em 2020. No primeiro ano, Donaton abriu 80 unidades com seus franqueados. A expansão levou a empresa a encerrar 2021 com um total de 450 lojas vendidas.

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Lavô
Segundo Donaton, objetivo é chegar a 750 unidades em 2022 (Imagem: Divulgação/Lavô)

Investimento inicial

Quem pensa em entrar nessa franquia precisa entender que há uma boa demanda de capital inicial. O empresário comenta que o investimento varia entre R$ 120 mil, para quem for abrir uma loja em condomínio, e R$ 150 mil para salas comerciais ou contêineres.

Taxas

Além dos R$ 150 mil para começar, a pessoa deve pagar uma taxa de R$ 35 mil pelo direito de uso da marca. Outras taxas também são cobradas. Nos seis primeiros meses, há o pagamento mensal de R$ 600 em royalties; a partir do sétimo mês, o empreendedor deve pagar 5% sobre o lucro, em caso de prejuízo ele fica isento. Uma outra taxa é a de marketing, que equivale a R$ 300, a qual deve ser paga mensalmente após o quarto mês.

“A taxa fixa de R$ 600 deve ser paga mesmo que o fraqueado tenha registrado prejuízo nos seis primeiros meses, ele deve ter isso em mente e se planejar financeira para pagar”, diz Donaton.

Lucratividade

Como todo negócio, a lucratividade exige um tempo de maturação. Na Lavô, o tempo médio para um retorno real do valor investido é de 18 meses. A taxa média de lucro varia entre 60% e 70% do faturamento.

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Segundo o empreendedor, a média de faturamento dos franqueados fica entre R$ 20 mil e R$ 30 mil por mês. Sendo assim, o lucro máximo, se for de 70%, será de R$ 21 mil para o faturamento de R$ 30 mil, ou R$ 14 mil de lucro para o faturamento de R$ 20 mil.

Não obstante, Ângelo comenta que há algumas unidades que lucram mais do que isso. Em alguns casos, franqueados obtiveram uma rentabilidade de 80% do faturamento. Outro franqueado reportou retorno real com 11 meses de funcionamento – sete meses antes do previsto.

Lavanderia Maquina de lavar
Nos piores casos, a lucratividade foi de apenas 20% (Imagem: Pixabay)

Por outro lado, Donaton alerta para os riscos embutidos no negócio, como o de simplesmente quebrar. Isso aconteceu com uma loja recentemente. “A pessoa abriu duas lojas e não tinha o montante para as duas; ele deu um passo maior do que a perna”, explica.

Ele também comenta que há algumas lojas da franquia que registram uma lucratividade de 20% ou 30%. Nesses casos, ele faz uma reunião com os empreendedores para entender onde está o erro.

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Local para abrir a loja

A escolha do local para abrir a loja é feita por meio de um consultoria. Há uma exigência mínima de 16 metros quadrados para ter espaço para colocar as máquinas e uma boa circulação de clientes.

Outro ponto é que o valor cobrado para lavar a roupa varia de acordo com o bairro e modelo de negócio. Em condomínios, por exemplo, o cesto de roupa de 10 quilos custa R$ 10; já em lojas fora de condomínios e em bairros mais periféricos, o valor vai para R$ 14. Em regiões mais nobres, pode chegar a R$ 17.

Custos

Segundo o empresário, os custos para operar uma unidade da Lavô não são idênticos aos de uma lavanderia tradicional, tendo em vista que a rede não possui funcionários, o que para ele já é um alívio para o empreendedor.

No entanto, vale ressaltar que um fator externo pode atrapalhar a margem de lucro do negócio: a conta luz. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a energia elétrica aumentou o custo em 23% nas lavanderias em 2021.

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Luz Energia elétrica
Para o fundador da Lavô, a energia elétrica pode tirar uma parte do seu lucro, mas não fechar o seu negócio (Imagem: Reprodução/TV Câmara)

De acordo com Donaton, a energia pode ser uma pedra no sapato, mas não um grande problema. “A gente não pode fechar os olhos, pois qualquer aumento pode mexer no lucro, mas não é a conta de luz que vai fechar o negócio”, afirma.

Ele comenta também que a máquina, que é de uso obrigatório na Lavô, não possui um grande consumo de energia. O aparelho indicado (máquina de lavar Speed Queen) consome, em média, 2 Watts (W) por lavagem, enquanto a máquina doméstica precisa de 9 W. Além disso, o consumo de água também é menor.

“A gente gasta 56 litros de água em um ciclo de lavagem, enquanto que, em casa, a média é de 190 litros. Então, o custo da Lavô em relação a água e luz, na comparação com uma residência comum, é muito mais baixo”, detalha.

Por fim, os demais custos para operar uma lavanderia Lavô são: aluguel, seguro, sabão, amaciante, maquinário  e produtos de limpeza para higienizar o local.

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Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
bruno.andrade@moneytimes.com.br
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Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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