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Rede DOr (RDOR3) tem leve alta após venda de participação no GSH; é hora de vender as ações?

17 abr 2025, 12:59 - atualizado em 17 abr 2025, 17:29
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As ações da Rede DOr operam em queda em meio à realização dos lucros recentes; a venda de participação no GSH foi gatilho (Imagem: Money Times)

As ações da  Rede D’Or (RDOR3) se destacaram na ponta negativa do Ibovespa (IBOV) na manhã nesta quinta-feira (17), véspera de feriado e, consequentemente, dia de menor liquidez na bolsa brasileira. 

Ao longo do dia, RDOR3 encerrou com alta de 0,61%, a R$ 29,87. Na mínima do dia, os papéis atingiram baixa de 1,15%. Acompanhe o Tempo Real.



A venda total da participação no Grupo GSH é o motivo por trás da realização dos ganhos recentes. Na noite desta quarta-feira (16), a Rede D’Or anunciou que se desfez de 41% do grupo que atua na gestão de soluções nos segmentos de hemoterapia, terapia celular e de medicina nuclear. 

A rede de hospitais tem parceria com a GSH desde 2015 e a aquisição do grupo pelo George Holding não terá impacto operacional, com continuidade da prestação de serviços aos hospitais Rede DOr. 

O negócio movimentou cerca de R$ 1,5 bilhão, sendo aproximadamente R$ 600 milhões somente da participação da Rede D’Or e ainda está sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). 

Rede DOr acertou no negócio? 

Para o BTG Pactual, a venda da participação na GSH reforça o histórico consistente de alocação de capital da rede de hospitais. 

“Há cerca de 10 anos, a Rede D’Or começou a investir na GSH por meio da contratação de seus serviços de hemoterapia e terapia celular para os hospitais do grupo. Desde então, além de alguns aportes pouco relevantes (como R$12 milhões em 2018), a empresa praticamente não destinou capital adicional à GSH, e agora está vendendo sua participação por mais de R$400 milhões”, destacaram os analistas Samuel Alves, Yas Cesquim e Marcel Zambello. 

Na avaliação do Goldman Sachs, a operação também é estratégica para a Rede D’Or — “e interpretamos como um desinvestimento de um ativo não essencial”, escreveu Gustavo Miele, analista do banco, em relatório. 

“Observamos, no entanto, que o tamanho do negócio (a avaliação implícita da participação da Rede D’Or representa cerca de 1% de seu valor de mercado) significa que o impulso ao balanço patrimonial para novos investimentos é provavelmente limitado”, acrescenta o Miele. 

Na mesma linha, o Itaú BBA considera que a transação “faz sentido do ponto de vista estratégico e de alocação de capital”, ainda que não seja uma mudança “radical” nos negócios da rede de hospitais. 

“A venda ocorreu em um momento em que a empresa está focada em seus investimentos em operações principais, enquanto a GSH é considerada um ativo não essencial com liquidez limitada”, diz o analista 

Já o Bradesco BBI destaca que os recursos da venda devem ser usados para investir no negócio principal hospitalar da Rede D’Or, incluindo recompras. 

É hora de comprar RDOR3? 

Os bancos reforçaram a visão positiva para os papéis RDOR3 e mantiveram a recomendação de compra. 

Para o BTG Pactual, a ação é a preferida (top pick) do setor. Os analistas veem potencial de valorização adicional via fusões e aquisições. O preço-alvo para RDOR3 é de 37 no final de 2025 — o que representa um salto de 24,6% sobre o preço de fechamento da última quarta-feira (16). 

“A tese de investimento em Rede D’Or segue oferecendo uma combinação atrativa de crescimento robusto de lucro, retornos elevados, forte geração de fluxo de caixa, recompra ativa de ações e execução sólida, com boa governança”, diz o relatório do banco. 

O Itaú BBA também recomenda compra com preço-alvo de R$ 37. Já o Goldman Sachs, que tem a mesma recomendação, projeta a ação da companhia a R$ 39 no fim de 2025  — o que representa um potencial de valorização de 46,1% sobre o preço da véspera (16).

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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