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Rede D’Or (RDOR3): Safra eleva recomendação para compra e aumenta preço-alvo em R$ 13; veja motivos

04 dez 2025, 16:32 - atualizado em 04 dez 2025, 16:43
rede d'or
(Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

O Safra elevou a recomendação das ações da Rede D’or (RDOR3) de neutra para compra, com a visão de que há as preocupações com o crescimento da companhia diminuíram.  

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Em relatório publicado nesta quinta-feira (4), o banco também aumentou o preço-alvo da RDOR3 de R$ 44 para R$ 57 nos próximos 12 meses. Isso implica em um potencial de valorização de 24,4% sobre o preço de fechamento de ontem.

“Vemos um cenário sólido para a Rede D’Or daqui para frente, já que a divisão de Hospitais está em tendência de reaceleração, mesmo que o segmento de seguros mostre sinais de desaceleração após alguns anos excepcionais”, afirmam os analistas Ricardo Boiati, Thiago Marmo e Rafael Une, em relatório.  

O trio ainda considera que a rede de hospitais está bem posicionada como “consolidadora” e “vencedora de longo prazo” no setor de saúde brasileiro, com forte capacidade de geração de lucros, robusto fluxo de caixa livre, balanço em desalavancagem.  

Além disso, os analistas veem potencial de a companhia acelerar dividendos nos próximos anos – ou realizar operações de M&A, historicamente bastante atrativas.  

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A equipe do Safra também destaca que o valuation da Rede D’Or ainda oferece potencial de alta relevante se o crescimento esperado se materializar.  

Nesta quinta, as ações operam em tom positivo e figuram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV). Por volta de 16h (horário de Brasília), RDOR3 subia 2,97%, a R$ 47,17.  



No ano, o papel acumula valorização de 88,4%.  

O que esperar de Rede D’Or  

A mudança de recomendação foi resultado da revisão das estimativas do Safra para a Rede D’Or.  

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Agora, o banco espera uma aceleração na ocupação de leitos e melhora nas margens no segmento de hospitais. Os analistas projetam um CAGR (sigla em inglês para Taxa Composta de Crescimento Anual) de 6,0% em cinco anos para leitos hospitalares operacionais.  

“Isso sustenta um cenário de aceleração de lucros na divisão de Hospitais, apoiado por maior capacidade e aumentos de preço”, avaliam os analistas.  

Eles também veem menor risco de execução com um ramp-up (crescimento)  bem-sucedido da Atlântica D’Or – joint venture da companhia com a Bradesco Saúde –, apesar do maior peso da participação minoritária nos lucros.  

“O ramp-up mais rápido está proporcionando alavancagem operacional e já trouxe as margens da divisão de hospitais de volta à tendência de expansão. Vemos espaço para novos ganhos de margem à medida que a demanda robusta por serviços hospitalares deve sustentar crescimento sólido e impulsionar a melhora da alavancagem operacional”, diz o relatório.  

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A joint venture cobre oito hospitais e cerca de 1,7 mil leitos, representando cerca de 16% dos 10.443 leitos operacionais da Rede D’Or. “O suporte tanto da SulAmérica quanto da Bradesco Saúde representa uma vantagem competitiva sólida para a Rede D’Or, em nossa visão.” 

Há também a contribuição da SulAmérica na visão otimista do Safra, com destaque para o forte crescimento de beneficiários com melhor rentabilidade (MLR).  

Para os analistas do banco, a SulAmérica continua apresentando desempenho “muito forte”, combinando crescimento robusto de beneficiários com melhora contínua de margem.  

No relatório, o Safra afirma que dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que a companhia respondeu por 31% das adições líquidas do setor nos últimos 12 meses, alcançando 6,0% de market share no Brasil – crescimento de 68 pontos-base na comparação anual.  

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“Essa expansão não se baseou em agressividade de preços, mas em estratégia comercial, apesar da tendência de desaceleração no crescimento do ticket médio recentemente. Isso teve mais relação com mudança de mix, em nossa visão, já que o MLR continuou melhorando, apoiado por menor utilização.”  

“Em nossa visão, esse ciclo virtuoso de volume e rentabilidade deve continuar sustentando demanda estrutural pelos hospitais da Rede D’Or”, diz o relatório.

Risco-retorno atrativo  

Em relatório, os analistas Ricardo Boiati, Thiago Marmo e Rafael Une afirmam que a empresa deve aumentar os dividendos nos próximos anos à medida que o capex (despesas de capital em investimentos) orgânico perde relevância.  

Por isso, a equipe elevou a premissa de payout na perpetuidade de 75% para 85%. 

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“Acreditamos que a ação oferece uma relação risco-retorno atrativa, com equilíbrio saudável entre crescimento, rentabilidade e risco”, destacaram os analistas.  

Entre os riscos para a companhia estão concorrência, mudanças regulatórias, relacionamento com operadoras e cenário macroeconômico.  

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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