Economia

Redução do diesel pode ajudar na inflação e no fim de altas da Selic; entenda

04 ago 2022, 16:37 - atualizado em 04 ago 2022, 16:37
Diesel
O litro do diesel passará de R$ 5,61 para R$ 5,41 (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Hoje, a Petrobras (PETR3, PETR4) anunciou a redução no preço médio de venda de diesel para as distribuidoras em R$ 0,20 – o litro do combustível passará de R$ 5,61 para R$ 5,41.

A mudança no preço começa a valer a partir de amanhã e poderá refletir na diminuição da inflação nos próximos meses.

“Sem dúvida alguma, isso ajuda no arrefecimento da inflação e acelera esse movimento de redução que aponta para uma deflação”, afirma Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos.

Esse é o terceiro reajuste que a Petrobras anuncia em menos de um mês. No dia 29 de junho, o litro da gasolina vendido para as distribuidoras passou de R$ 3,86 para R$ 3,71 – uma redução de R$ 0,15 por litro ou de 3,88%.

Dez dias antes, a estatal reduziu o valor cobrado em suas refinarias em 4,92%, passando de R$ 4,06 para R$ 3,86 o litro. Ao todo, já são R$ 0,35 a menos.

Acontece que esses primeiros reajustes ainda não foram vistos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e nem na prévia (IPCA-15) por causa das datas limites para coleta de dados.

Os reajustes da gasolina devem começar a aparecer nos indicadores a partir da semana que vem; na terça-feira (9), será divulgado o IPCA de julho. Já o reajuste do diesel vai aparecer no IPCA-15 de agosto, que será divulgado no final do mês.

Dependendo de como a inflação reagir, isso também pode ditar o futuro da taxa Selic. Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para 13,75% ao ano e ainda sinalizou que avaliará um reajuste residual mais brando, de 0,25 ponto porcentual, na próxima reunião.

Em seu comunicado, o Copom apontou que devido às distorções que os cortes de impostos vão causar na inflação do próximo ano, o Banco Central tem como meta o primeiro trimestre de 2024. No entanto, os reajustes da Petrobras não estão relacionados às medidas políticas e sim à redução do preço do petróleo.

“Com tudo que vivemos nos últimos meses, pressionados pela inflação elevada, essa contribuição da Petrobras já seria uma luz no fim do túnel”, afirma Idean.

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Editora-chefe
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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