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Referência em gestão hospitalar, Rede D’Or tem qualidades necessárias para virar líder

25 jan 2021, 19:05 - atualizado em 25 jan 2021, 19:05
Hospital da Rede D'Or
A Rede D’Or foi destaque na Bolsa em 2020, tendo sido responsável pelo terceiro maior IPO da história da Bolsa (Imagem: REUTERS/ Ricardo Moraes)

O Inter Research iniciou a cobertura das ações da Rede D’Or (RDOR3), que realizou em dezembro sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 82. Os analistas estão muito otimistas com a empresa, referência em gestão hospitalar e com forte presença em diversas regiões brasileiras.

Breno Francis de Paula e Athos Nolasco Mendes Silva, autores do relatório divulgado pelo Inter Research na sexta-feira, acreditam que a Rede D’Or está bem posicionada para crescer e se tornar uma das líderes de um mercado fragmentado.

“Nossa tese de investimento é baseada nas fortes vantagens competitivas que a Rede D’or tem sobre seus principais concorrentes e que devem sustentar o crescimento da empresa nos próximos anos”, comentaram.

A companhia foi destaque na Bolsa em 2020. Ela estreou na B3 (B3SA3) já valendo mais de R$ 100 bilhões e conseguiu levantar R$ 11,4 bilhões na oferta.

Seu IPO foi o terceiro maior da história da Bolsa, perdendo apenas para Santander Brasil (SANB11), que captou R$ 13,2 bilhões em 2009, e BB Seguridade (BBSE3), com captação de R$ 11,4 bilhões em 2013.

Conjunto de fatores positivos

Além de ser a maior rede hospitalar privada do Brasil, totalizando 8.746 leitos totais e 6.909 leitos operacionais, a companhia possui uma localização estratégica (participação relevante no Rio de Janeiro e no Distrito Federal) e uma alta qualidade de serviços que fazem com que os principais planos de saúde queiram manter relações com ela.

Segundo o Inter Research, o tamanho da empresa garante a ela certas vantagens no setor, como escala e forte poder de barganha com clientes e fornecedores.

“De acordo com a companhia, ela consegue reduzir o preço dos seus insumos em cerca de 25%”, destacaram os analistas.

A rede também tem a seu favor o bom histórico de aquisições. Focada em crescer de forma inorgânica, a Rede D’Or tem adquirido importantes hospitais, gerando ganhos de sinergias mais rápido.

Desde 2007, a companhia adquiriu 39 hospitais, 35 clínicas oncológicas e 21 SADTs (Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico), além de 35 outros negócios.

Rede D'Or
A Rede D’Or tem a seu favor o bom histórico de aquisições (Imagem: LinkedIn/Rede D’Or São Luiz)

Com a abertura de capital, a Rede D’Or poderá dar continuidade à sua estratégia bem-sucedida de crescimento. Do montante captado no IPO, a empresa vai utilizar metade do valor para adquirir novos ativos.

“A Rede D’Or terá capital suficiente, em nossa opinião, para adquirir importantes players em mercados ainda não explorados. Em sua mais importante aquisição, o Hospital São Luiz, em São Paulo, com a operação de três hospitais e 803 leitos, a companhia desembolsou cerca de R$1 bilhão. Com isso, é possível ter uma noção da quantidade e qualidade de empreendimentos a serem adquiridos nos próximos anos”, afirmaram Breno e Athos.

A outra parte será aplicada para expansão orgânica, com a construção de novos hospitais e a aplicação de investimentos nas unidades existentes.

Na avaliação do Inter Research, a companhia ainda receberá um empurrãozinho do setor de saúde brasileiro, que apresenta sólidos fatores de crescimento (envelhecimento da população e aumento da demanda por serviços de qualidade).

De riscos, o Inter Research citou a dependência dos prestadores de serviços em relação aos contratos com as operadoras de planos e seguros (a Rede D’Or tem cerca de 10% da receita advindas de somente dois clientes), a inflação médica, o alongamento da pandemia de Covid-19 e a possibilidade de falha na estratégia de expansão inorgânica.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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