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Refinarias da Índia buscam acordos de petróleo antes da proibição da UE ao petróleo russo

04 out 2022, 9:07 - atualizado em 04 out 2022, 9:07
Bharat Petroleum
A Indian Oil Corp, maior refinaria do país, e a Bharat Petroleum Corp estão buscando acordos a termo com países, incluindo os Estados Unidos, disseram fontes do setor (Imagem: REUTERS/Sivaram V//File Photo)

As refinarias estatais da Índia planejam garantir mais oferta de petróleo em acordos a prazo, temendo que sanções ocidentais mais rígidas à Rússia, inclusive da UE, possam reduzir a oferta futura em mercados já apertados, disseram fontes das refinarias estatais.

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A Indian Oil Corp, maior refinaria do país, e a Bharat Petroleum Corp estão buscando acordos a termo com países, incluindo os Estados Unidos, disseram fontes do setor.

“Estamos nos preparando para um plano alternativo. Quando o mundo está incerto por causa do conflito Rússia-Ucrânia, precisamos ter todas as opções em aberto”, disse um funcionário de uma refinaria estatal.

A busca por acordos a prazo marca uma mudança na estratégia de compra das refinarias, que estava voltada para maximizar as compras à vista nos últimos anos, quando a oferta era abundante.

“Devido ao conflito Rússia-Ucrânia, esperamos uma possibilidade de mercados de petróleo apertados e uma mudança nos fluxos, com a maioria do petróleo do Oriente Médio atendendo às necessidades dos mercados europeus, por isso precisamos diversificar nossas fontes de petróleo”, disse uma fonte em outro refinador estatal.

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A dependência da Índia de compras spot permitiu que as refinarias indianas abocanhassem o petróleo russo com desconto, evitado por alguns compradores ocidentais por causa da invasão da Ucrânia por Moscou em fevereiro.

A Índia, que raramente comprava petróleo russo, emergiu como o segundo maior cliente de petróleo de Moscou depois da China.

Mas uma proibição da União Europeia às importações de petróleo russo a partir de 5 de dezembro levará as refinarias europeias a comprar mais petróleo do Oriente Médio, colocando-as em concorrência com compradores asiáticos.

Para garantir o abastecimento, a IOC assinou no mês passado seus primeiros acordos de importação de petróleo por seis meses com a brasileira Petrobras (12 milhões de barris) e com a colombiana Ecopetrol (6 milhões de barris).

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A BPCL assinou um acordo inicial com a Petrobras para diversificar as fontes de petróleo.

Os suprimentos à IOC sob os dois acordos começarão a partir de outubro, disseram várias fontes familiarizadas com o assunto. A refinaria também está procurando mais suprimentos de curto prazo, incluindo um contrato para o petróleo dos EUA, acrescentaram.

A IOC já tem um acordo anual que oferece uma opção de compra de 18 milhões de barris de petróleo dos EUA. Destes, a companhia já comprou cerca de 12 milhões de barris até agora este ano, disseram.

Fontes afirmaram que a BPCL, que já aumentou as compras de petróleo nos EUA, está procurando mais contratos a prazo.

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IOC e BPCL não responderam aos pedidos de comentários da Reuters. A Ecopetrol não pôde ser contatada para comentários fora de seu horário comercial.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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