Política

Renan Calheiros defende reformas e equilíbrio entre os Poderes

02 fev 2019, 16:24 - atualizado em 02 fev 2019, 16:24
Geraldo Magela/Agência Senado

No seu discurso como candidato à Presidência do Senado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) defendeu o papel do Congresso Nacional na aprovação de futuras reformas institucionais e no equilíbrio entre os Poderes. Ele ainda ressaltou o trabalho que realizou à frente da Casa por quatro vezes.

Ao afirmar que nunca vislumbrou o poder como um fim em si, Renan destacou a importância do Senado na solução das crises enfrentadas nos últimos anos, caso do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

O senador voltou a defender o voto secreto para as eleições e citou algumas iniciativas que implementou no Senado quando foi presidente, a exemplo da Agenda Brasil, conjunto de propostas voltadas à retomada do crescimento do país. Ele reafirmou sua intenção de tornar a Casa “o órgão mais transparente do Brasil”, pela criação de um conselho com participação da sociedade civil. E se comprometeu a promover o fim das chamadas “jabuticabas” inseridas pelo Congresso nas medidas provisórias, pela adoção de uma regra de pertinência temática entre as emendas e o assunto do texto original.

Renan também defendeu uma profunda reforma na Previdência Social.

— O Brasil não vai para lugar nenhum se não fizer uma reforma profunda, para valer. É a reforma que aproxima os sistemas privado e público e é uma reforma que tenha como princípio o combate ao privilégio que faz esse país andar para trás — avaliou.

O senador destacou ainda a necessidade de renovação, para “evoluir, aprimorar e rever visões datadas”.

— Agora vivemos ventos novos, ventos de mudança, a sociedade espera de nós que cumpramos o dever, que ajudemos a reformar o que puder ser reformado, auxiliando com nossa ponderação, evitando arroubos, excessos, ímpetos personalistas de qualquer natureza — disse.

Por fim, Renan anunciou a intenção de criar uma Secretaria Especial de Assuntos Constitucionais de caráter indicativo e de aconselhamento, comandada por um jurista renomado, de preferência um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal.

— Essa secretaria nos ajudará a fazer uma triagem entre os frutos podres e os frutos saudáveis da árvore democrática, para não deixar tramitar nada que fira a nossa ordem constitucional — explicou.

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