Renda Fixa

Renda fixa: Santander seleciona título público para investir no mês de julho; veja qual

09 jul 2024, 12:00 - atualizado em 08 jul 2024, 15:31
tesourodireto
(Imagem: Brenda Rocha/Blossom/Shutterstock)

Dentre todos os títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto, o Santander decidiu manter a sua recomendação para julho no Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035.

A escolha para o mês vêm em um momento em que a renda fixa apresentou uma forte alta, com o Banco Central interrompendo o ciclo do afrouxamento monetário por aqui e a curva de juros ganhando tração com diversos temores em relação ao fiscal e ao dólar.

“O investimento em Tesouro Direto é garantido pelo Tesouro Nacional, o que faz dele uma das alternativas de investimento de menor risco do mercado brasileiro”, destaca o relatório mensal da casa.

No último mês, a rentabilidade do IPCA+ 2035 teve uma variação negativa de 1,87%, contra um desempenho um pouco melhor de 0,97% do seu benchmark, o índice IMA-B. No entanto, ele segue seu objetivo de ser uma recomendação de médio e longo prazo, já que, desde o seu início, a rentabilidade foi de 222,29%, contra 183,38%

Qual o cenário para renda fixa?

Os analistas do Santander se posicionam de forma neutra com viés positivo para o mercado de renda fixa local. Contudo, globalmente, os profissionais permanecem com uma certa cautela em relação ao arrefecimento da inflação e ao processo de queda de juros nos EUA.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a equipe manteve os juros no atual patamar de 10,50%. A justificativa está pautada no aumento das incertezas do mercado quanto ao cumprimento de metas fiscais pelo governo e por um mercado de trabalho ainda aquecido, já que este pode dar um viés altista para inflação ao longo do ano.

“Esperamos que os juros sejam mantidos neste nível até o final de 2024. Para o final de 2025, seguimos projetando uma Selic em 9,5%. Conforme temos discutido nos últimos meses, há diferentes temas afetando o cenário local e o direcionamento da política monetária em si”, ponderam.

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Além dos gatilhos internos, o cenário internacional também pesa nas expectativas dos agentes, principalmente por conta dos “juros altos por mais tempo” nos Estados Unidos, que corrobora para o ganho de força do dólar ante o real e, consequentemente, o aumento dos preços e da inflação.

O Santander também avalia que a conjuntura global caminhou recentemente na direção desejada, porém, ainda existe alguma incerteza sobre o momento do início de corte dos juros americanos.

Os analistas lembram que a inflação ao consumidor (CPI) dos EUA avançou de “forma favorável” nos últimos meses. Em maio, o CPI e seu núcleo registraram variação de 0,0% e 0,2%, respectivamente, abaixo do esperado.

“Isso contribuiu para reduzir parte do desconforto com a trajetória da inflação até então, além de aumentar a confiança num cenário de desinflação consistente à frente”, avaliam. “A combinação de moderação da atividade econômica e mais confiança na desinflação sugere que o corte dos juros no segundo semestre permanece como cenário mais provável, devendo ser iniciado na reunião de setembro do Fed”.

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