Renda fixa: UBS mantém preferência por títulos pós-fixados e atrelados à inflação

O atual patamar da Selic, em 15% ao ano, levou o UBS Wealth Management a reiterar sua preferência por ativos de renda fixa mais defensivos, como os pós-fixados e os atrelados à inflação.
Em relatório, a instituição classificou essas duas classes como ‘atraentes’ para o momento, destacando que os papéis indexados ao IPCA, especialmente os de médio prazo, são a melhor escolha.
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“Os atrelados à inflação com vencimento de 10 anos são nossos preferidos, oferecendo rendimentos reais de cerca de 7,3%. Esses instrumentos estão sendo negociados a taxas de juros reais acima das médias históricas”, apontou o banco.
Para o UBS, esses títulos servem como uma cobertura eficaz caso o IPCA acelere ainda mais e, nos níveis atuais, apresentam um rendimento contratado (carry) bastante interessante.
Pós-fixados
A instituição também ressaltou que os ativos pós-fixados, como o Tesouro Selic, se beneficiam diretamente do atual nível de juros, oferecendo retornos reais próximos de 10% acima da inflação projetada para os próximos 12 meses.
“Esse diferencial real significativo também proporciona uma proteção relevante contra possíveis surpresas inflacionárias”, diz o relatório.
Prefixados: pouco atraentes
Por outro lado, os títulos prefixados foram avaliados como ‘pouco atraentes’ pelo banco. O UBS lembra que o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para 15% em junho, em uma decisão que pode ter marcado a última alta deste ciclo.
Na visão da casa, o início do afrouxamento monetário deve ocorrer entre o quarto trimestre de 2025 e o primeiro de 2026, conforme as expectativas para o IPCA se aproximem da meta de 3%.
Em meio a esse cenário, o banco avalia que os títulos prefixados se beneficiaram. Ainda assim, considera que o prêmio de risco embutido na curva de juros continua insuficiente para justificar uma alocação mais agressiva nesses papéis.