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Repaginada, Duratex (agora Dexco) sai de estratégia com foco na indústria para pensar mais no consumidor

19 jul 2021, 10:24 - atualizado em 19 jul 2021, 10:25
Duratex
A Duratex quer dar independência a cada uma de suas marcas; assim, as unidades poderão focar mais nas necessidades do consumidor (Imagem: YouTube/Duratex Pisos e Painéis)

A Duratex, que recentemente anunciou a mudança do seu nome para Dexco, deu sinais de que está empenhada em acelerar diversas tendências importantes em seus negócios, saindo do posto de “empresa orientada pela indústria” para uma companhia mais focada nas necessidades do consumidor.

O BTG Pactual (BPAC11) destacou que o movimento de transformação da companhia vem acontecendo já há alguns anos, mas surgiram agora alguns resultados tangíveis, com novos ângulos para upside provavelmente aparecendo daqui para frente.

“Nós acreditamos que a direção da companhia agrega valor aos acionistas”, afirmaram os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, após participarem do Duratex Day 2021.

Mudança das marcas

A Duratex está reformulando todas as suas linhas de negócios. A ideia é que cada marca se torne independente e mais focada no consumidor.

Para isso, a companhia pretende investir pesado em todas as suas unidades ao longo dos próximos três anos. A Deca deve receber R$ 1,1 bilhão em investimentos, sendo R$ 600 milhões para a divisão de metais e R$ 550 milhões para louças sanitárias.

A Duratex vai desembolsar R$ 620 milhões para o segmento de revestimentos cerâmicos. A empresa está construindo uma nova planta em Botucatu, São Paulo, no mesmo lugar onde ficavam as operações de painéis de madeira, que foram parcialmente vendidas para a Eucatex.

Por fim, o segmento de madeira deve receber investimentos no montante de R$ 500 milhões para aumentar a capacidade de produção e melhorar o mix do portfólio. Parte do dinheiro deve ser aplicado para expandir a base florestal da Duratex até 2026, principalmente no Nordeste do Brasil.

Duratex DTEX3 Dexco
Duratex no varejo? Para o BTG Pactual, é uma possibilidade (Imagem: Divulgação)

A Duratex disse que todos esses investimentos não devem influenciar materialmente no aumento da alavancagem. Segundo a companhia, a alavancagem “ideal” pode ser em torno de 2-2,5 vezes dívida líquida sobre Ebitda.

A empresa ainda comentou que pode haver potencial para M&As (fusões e aquisições) ou até mesmo dividendos extraordinários, a depender da alavancagem.

Atuação no varejo?

A administração da Duratex anunciou no evento a aquisição de uma participação minoritária na ABC da Construção, uma das maiores redes no varejo de acabamentos do Brasil, com mais de 150 lojas espalhadas no país.

A companhia lançou no mesmo dia a loja Flagship Dexco para aproximar e entender melhor as necessidades dos consumidores.

Segundo o BTG, os dois movimentos alimentam a possibilidade de entrada no varejo.

“A administração foi bem clara quando disse que não quer competir com seus próprios clientes (redes de varejo de materiais de construção), mas vemos como uma futura opção”, comentaram Correa e Greiner.

O BTG manteve a recomendação de compra para a ação da Duratex, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 23.

A partir de 19 de agosto, o novo nome da Duratex no pregão da B3 (B3SA3) será Dexco. O ticker da companhia também mudará, de DTEX3 para DXCO3.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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