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Resultados confirmam cenário benéfico para Klabin em 2021

11 fev 2021, 12:28 - atualizado em 11 fev 2021, 12:28
Klabin
A Klabin encerrou o quarto trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, mais do que o dobro do resultado apresentado no mesmo intervalo de 2019 (Imagem: REUTERS/Regis Duvignau)

A percepção geral sobre os resultados da Klabin (KLBN11) é positiva. O balanço não veio como uma grande surpresa para o mercado, mas entregou bons números em volumes e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), sinalizando que 2021 será um ano benéfico para a companhia.

A Klabin encerrou o quarto trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, mais do que o dobro do resultado apresentado no mesmo intervalo de 2019. O desempenho foi beneficiado pelo aumento no volume de vendas totais, que atingiu 941 mil toneladas, e pelo impacto positivo da desvalorização do real. A alta dos preços de celulose, papéis e embalagens também influenciaram no resultado final.

“Embora impactado por menores volumes de celulose produzidos e vendidos devido à parada para manutenção ocorrida na unidade Puma, a companhia compensou com maiores volumes de papel, resultado da incorporação da International Paper, trazendo bons resultados e confirmando nossa expectativa positiva para o ano”, disse a analista do Inter Research, Gabriela Cortez Joubert.

A receita líquida da empresa subiu 22%, para R$ 3,3 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado somou R$ 1,3 bilhão – ou ou R$ 1,1 bilhão excluindo os efeitos não recorrentes – contra os R$ 965 milhões do quarto trimestre de 2019.

Papel

Os volumes de papel foram o grande destaque do trimestre, impulsionados pela boa demanda e pela consolidação dos ativos da International Paper. Segundo a XP Investimentos, os volumes compensaram parcialmente os custos mais altos do período.

“Em papel, volumes maiores (573 mil toneladas, +12% na comparação trimestral, +16.5% ano a ano) foram o principal destaque. O preço médio realizado ficou estável no trimestre (+9% na comparação anual). Acreditamos que os preços realizados no primeiro trimestre de 2021 sejam melhores, conforme o repasse de preços aconteça, após alta dos insumos”, afirmaram Yuri Pereira e Thales Carmo, analistas da corretora.

Klabin
Analistas de quatro instituições reforçaram a compra da ação da Klabin (Imagem: LinkedIn/Klabin)

Thiago Lofiego e Luiza Mussi, do time de análise da Ágora Investimentos, destacaram que o negócio de embalagens de papel da Klabin está prosperando tanto no Brasil quanto nos mercados de exportação, o que levou a um aumento dos preços.

“No Brasil, a empresa implementou aumentos de preços de 5 a 10% para os principais papéis e embalagens ao longo do segundo semestre de 2020, com iniciativas adicionais (e semelhantes) no início de 2021. Nas exportações, o câmbio acima da marca de R$ 5/dólar implica que as margens de exportação são quase tão altas quanto as margens domésticas”, comentaram.

Puma II

O projeto Puma II deve iniciar em meados deste ano, e a expectativa é de que ele gere uma contribuição de R$ 200 milhões para o Ebitda da Klabin, disse a Ágora.

Considerando o crescimento do Ebitda nos próximos anos, a corretora vê a ação da empresa negociada a um múltiplo atraente (8,4 vezes EV/Ebitda ao fim de 2021), e por isso manteve a recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 35.

Para o BTG Pactual (BPAC11), ainda existe valor oculto no Puma I e II. O banco reiterou a compra do ativo, com preço-alvo de R$ 29, pois continua vendo com bons olhos o modelo de negócios da companhia.

A XP e o Inter Research também reforçaram a compra da ação. Os preços-alvo indicados são de, respectivamente, R$ 32 e R$ 35.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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