Resultados da computação em nuvem da Amazon (AMZO34) não impressionam; ações caem no pós-mercado

A Amazon (AMZO34) projetou vendas para o terceiro trimestre de 2025 (3T25) acima das estimativas do mercado nesta quinta-feira (31), mas não conseguiu atender às grandes expectativas de sua unidade de computação em nuvem Amazon Web Services, depois que os rivais superaram as expectativas.
As ações caíam mais de 2% nas negociações pós-mercado, depois de encerrarem o pregão regular com alta de 1,7%, para US$234,11. Tanto a Alphabet, controladora do Google, quanto a Microsoft registraram grandes ganhos de receita de computação em nuvem.
A margem de lucro da AWS também se contraiu. A Amazon informou que ela foi de 32,9% no segundo trimestre de 2025 (2T25), em comparação com 39,5% no primeiro trimestre deste ano (1T25) e 35,5% há um ano (2T24).
A AWS, a unidade de nuvem, registrou um aumento de 17,5% na receita, para US$30,9 bilhões, superando as expectativas de US$30,77 bilhões.
A empresa espera que as vendas líquidas totais fiquem entre US$174,0 bilhões e US$179,5 bilhões no terceiro trimestre, em comparação com a estimativa média dos analistas de US$173,08 bilhões, de acordo com dados compilados pela LSEG.
O forte crescimento de receita de nuvem na Microsoft e no Google da Alphabet aumentou as expectativas para a AWS, o maior provedor de nuvem do mundo.
Tanto a Microsoft quanto a Alphabet citaram a enorme demanda por seus serviços de computação em nuvem para impulsionar seus já grandes gastos de capital, mas também observaram que ainda enfrentavam restrições de capacidade que limitavam sua capacidade de atender à demanda.
A AWS representa uma pequena parte da receita total da Amazon, mas é um dos principais impulsionadores dos lucros, normalmente respondendo por cerca de 60% do lucro operacional geral da Amazon.
Embora a Amazon tenha investido bilhões de dólares em infraestrutura de Inteligência Artificial, analistas disseram que a falta de um modelo forte da AWS causa algumas preocupações de que a empresa possa estar atrás de rivais no desenvolvimento de IA, disseram os analistas.
As tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prejudicaram o setor de varejo norte-americano, deixando as principais varejistas e empresas de bens de consumo lutando para proteger suas margens ou recorrer a aumentos de preços, ao mesmo tempo em que garantem que a demanda do consumidor permaneça intacta.
Trump disse que as tarifas trarão a força da manufatura e os empregos de volta aos EUA.
Os investidores têm observado atentamente a unidade de comércio eletrônico da Amazon em busca de sinais de que a incerteza relacionada às tarifas tenha abalado a confiança do consumidor. Dados dos EUA mostraram que os gastos dos consumidores aumentaram moderadamente em junho.
Analistas dizem que o foco da Amazon em preços baixos, entrega rápida e o grande número de categorias de produtos ajudaram a consolidar sua posição como a principal varejista de comércio eletrônico para os consumidores dos EUA, dando-lhe uma vantagem sobre os rivais.
A Amazon disse que estava pressionando os fornecedores a antecipar os estoques para garantir o fornecimento e manter os preços tão baixos quanto possível. Ainda assim, os preços dos produtos fabricados na China e vendidos na Amazon.com têm aumentado mais rapidamente do que a inflação geral, informou a Reuters no mês passado.