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Resultados da Disney no 2º trimestre devem mostrar a força dos seus principais negócios

08 maio 2019, 13:38 - atualizado em 08 maio 2019, 13:49
Não esperamos ver um grande movimento nas ações da Disney, diz analista da Investing ( Imagem: Site  Disney)

Por Haris Anwar/Investing.com

Os acionistas da Walt Disney Co. (DIZ) têm muitas razões para comemorar atualmente. Não só a gigante do entretenimento mundial apresenta sinais de força em seus atuais negócios, como também está montando um fundo de guerra para se armar e enfrentar a concorrência no mercado de streaming de vídeo.

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Nesse ambiente de esperança e crescimento, a Disney divulga seu balanço do 2T19 fiscal no final do dia de hoje, fazendo com que os investidores alimentem a esperança de que os resultados animarão ainda mais os touros. No curto prazo, a Disney está obtendo grandes receitas com a recepção recorde do lançamento “Vingadores: Ultimato” em todo o mundo.

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O filme arrecadou US$ 1,22 bilhão em sua estreia na última semana de abril, gerando US$ 357,1 milhões somente nos EUA e Canadá. A máquina da Marvel tem sido um grande sucesso para a Disney. Segundo as estimativas, “Guerra Infinita” lucrou US$ 985 milhões no ano passado, incluindo TV, brinquedos e venda de ingressos de cinema, de acordo com a S&P Global.

Risco pouco relevante para as ações da Disney

O desempenho de “Ultimato” foi tamanho que forçou alguns grandes bancos de Wall Street a elevar a avaliação dos papéis da Disney e suas estimativas de ganhos em 2019. Esse otimismo é um bom sinal para as ações da Disney que, depois de atingirem a máxima recorde em abril, entregaram 24% de retorno neste ano, superando bastante os ganhos do S&P 500. As ações caíram 1,2% no pregão de ontem, fechando a US$ 133,44, mas ainda assim se valorizaram 16% somente no último mês.

Disney Weekly Chart

Disney Weekly Chart

Graças ao crescimento dos negócios subjacentes da Disney e ao bom andamento do lançamento do seu serviço de streaming Disney+, previsto para novembro, vemos poucos riscos para suas ações, mesmo após o poderoso rali até agora no ano. Acreditamos que a companhia continuará se beneficiando da sua franquia diversificada, que continua gerando um bom fluxo de caixa, mesmo com a grande mudança na estratégia de negócios de O point do Mickey.

A Disney já havia avisado que o ano fiscal de 2019 seria difícil, uma vez que a companhia passa por uma transição interna após adquirir a maior parte da 21st Century Fox, mesmo desenvolvendo programas para que seu serviço principal Disney+ recupere os assinantes perdidos para fornecedores de serviços de streaming, como Netflix (NFLX).

No mês passado, a Disney anunciou que o Disney+ será lançado nos EUA no dia 12 de novembro por US$ 6,99 por mês, metade do preço cobrado pela Netflix, que atualmente domina o mercado de streaming. Ele oferecerá a programação das maiores franquias da Disney, como Star Wars e Marvel Studios, além de novos programas originais.

Mas esse lançamento não impulsionará imediatamente o resultado financeiro da Disney.Pelo contrário: tais iniciativas aumentarão os custos e reduzirão o lucro nos primeiros anos. O serviço deve registrar entre 60 e 90 milhões de assinantes até o fim do ano fiscal de 2024, quando a empresa espera apresentar lucro nesse segmento.

Resumo

As ações da Disney, que estão sendo negociadas perto da máxima histórica, refletem todas essas expectativas positivas, além de estarem se segurando bem diante de um mercado vulnerável a uma correção, após os enormes ganhos em 2019, e de riscos macroeconômicos decorrentes da escalada na guerra comercial entre EUA e China. Nesse ambiente, não esperamos ver um grande movimento nas ações da Disney, quando a companhia divulgar seus resultados do 2T. Mas qualquer possível fraqueza gerada por uma surpresa no balanço permitirá a entrada de investidores de longo prazo que ainda estão de fora aguardando.

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