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Resultados da Marfrig destacam qualidade na internacionalização, com melhor geração de caixa

19 maio 2020, 12:06 - atualizado em 19 maio 2020, 14:34
Marfrig Carnes Boi Commodities
Carne in natura e produtos de maior valor garantem ganhos na internacionalização da Marfrig (Imagem: Facebook da Marfrig)

Os ganhos operacionais do 1º trimestre da segunda maior processadora de carne bovina do Brasil, que “foi de saltar os olhos” para o Credit Suisse e ganhou preço-alvo maior da XP, merecem destaque por trazerem aspectos da sua internacionalização que fizeram a diferença. A Marfrig Global Foods (MRFG3) ficou menos dependente do mercado chinês e cresceu em produtos de valor agregado.

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Ajustado, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi a 109%, resultando em R$ 1,2 bilhão, e lucro líquido de R$ 32 milhões.

As operações na América do Norte não foram prejudicadas pela paralisação temporária da National Beef (a maior das duas subsidiárias) e a receita líquida cresceu 7,5% sobre o mesmo período do ano passado, alcançando US$ 2,2 bilhões de dólares. E anularam a redução brusca das importações chinesas, no auge da pandemia, das outras 13 plantas da América do Sul – o maior número entre todos os grupos de unidades habilitadas para aquele país.

Além de carne fresca, a produção de hambúrgueres (a maior do mundo) e outros produtos industrializados para preparo mais rápido deram mais musculatura à empresa nos Estados Unidos, enquanto a pandemia avançava e obrigava os consumidores optarem por gêneros de mais fácil estocagem em tempos de isolamento.

Em paralelo, as exportações da Marfrig americana se ampliaram para a Coreia do Sul e Japão. O primeiro freou a covid-19 mais cedo que todos os países do mundo e o Japão a manteve controlada.

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Os chamados produtos prontos e as exportações  proporcionaram amento na quantidade de abate e maior disponibilidade de gado, como assinou em nota o CEO local Tim Klein. Não foi explícito, mas dá a entender que houve uma originação mais vantajosa em preços, contra o resto do mercado que via muitas unidades paralisadas, inclusive da JBS, favorecendo a venda mais barata de gado pelos produtores.

Se comprou mais barato e vendeu mais, certamente influi na receita. Na soma, os resultados do player brasileiro na América do Norte, no 1º trimestre, participaram com 72% da receita líquida global.

Na América do Sul, com 65% das exportações para a China – que voltou forte às importações desde abril com a melhora do cenário da doença – com receita líquida (R$ 3,8 bilhões) 26,1% superior sobre os mesmos três primeiros meses de 2019, destaca-se o valor superior da carne uruguaia exportada. A planta de lá é basicamente de boi orgânico, também para outros mercados.

E na Argentina detém uma das marcas mais reconhecidas pelos portenhos, além também de ser uma das empresas líderes em hambúrgueres.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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