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Resultados da Via Varejo mostram avanços, mas cenário competitivo cria desafios para 2021

03 mar 2021, 12:06 - atualizado em 03 mar 2021, 12:06
Via Varejo Casas Bahia
A dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio conseguiu reverter o prejuízo líquido apresentado nos últimos três meses de 2019 e lucrou R$ 336 milhões entre outubro e dezembro de 2020 (Imagem: Divulgação)

A Via Varejo (VVAR3) reportou sólidos resultados, em linha com o que os analistas projetaram. A XP Investimentos disse que esperava que a companhia fosse um dos destaques positivos da temporada de balanços corporativos do quarto trimestre de 2020, o que acabou se concretizando, uma vez que as estimativas da corretora, acima do consenso, foram atingidas.

“A companhia entregou resultados acima do consenso e destacou diversas iniciativas a serem entregues em 2021 na frente operacional, logística e financeira que, a nosso ver, devem gerar valor ao longo do tempo”, afirmou o time de análise de Varejo da XP.

A dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio conseguiu reverter o prejuízo líquido apresentado nos últimos três meses de 2019 e lucrou R$ 336 milhões entre outubro e dezembro de 2020.

A receita líquida avançou 24,4% no comparativo anual e totalizou R$ 9,4 bilhões, impulsionada pelas vendas digitais, que passaram a representar 38% do montante.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, seguindo a tendência do lucro líquido, passou de um resultado negativo de R$ 35 milhões para um saldo positivo de R$ 545 milhões. A margem Ebitda foi de -0,5% para 5,8%.

Em relatório, a Via Varejo disse que está fazendo a integração das estruturas física e virtual para permitir que clientes possam, por exemplo, retirar nas lojas produtos comprados pela internet. Além disso, a companhia espera abrir pelo menos 120 lojas físicas neste ano, com ênfase em cidades do Norte e Nordeste do Brasil.

Segundo a Ágora Investimentos, os resultados da Via Varejo mostram que a companhia avançou muito no ano passado, principalmente no e-commerce, onde ganhou participação de mercado.

Cenário competitivo

Apesar dos números positivos, a XP e a Ágora decidiram manter a recomendação neutra para a ação da varejista, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 20 e R$ 17. O motivo está no cenário competitivo mais desafiador em 2021, o que cria riscos de execução para a Via Varejo.

Além disso, os números do e-commerce, por mais que tenham vindo fortes no quarto trimestre, mostraram desaceleração em relação ao terceiro trimestre.

“A questão-chave agora na mente dos investidores é o quanto isso vai desacelerar a partir de abril, quando o negócio online começa a enfrentar uma base de comparação mais forte (em relação ao fechamento de lojas no ano passado)”, afirmaram os analistas Richard Cathcart e Flávia Meireles, da Ágora.

A XP reconheceu os esforços da Via Varejo no âmbito ESG (práticas ambientais, sociais e de governança corporativa), mas, considerando o aumento da competição no mercado, optou pela cautela. A corretora também disse que é bom esperar pelos resultados das outras companhias do setor, como Lojas Americanas (LAME4) e sua controlada B2W (BTOW3), além do Magazine Luiza (MGLU3).

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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